![]() |
| Baixe esta coletânea em FLAC Lossless aqui. |
FICHA TÉCNICA:
Ano: 1994 - Gravadora: Som Livre
Nº de catálogo: 407.0195 (LP) / 747.0195 (K7) / 400.1275 (CD)
Seleção de repertório: Sérgio Motta
Masterização: Sérgio Seabra
RIPADO DO CD ORIGINAL
Projeto gráfico: Marciso (Pena) Carvalho
Restauração de capas: Sky Walker
Fonogramas gentilmente cedidos por: Wrap Records (1), Warner Music (2, 7, 11), Sony Music (3, 8, 9, 10, 13), Universal Music (4, 5), Musics Net (6, 13) e 4AD (14).
PLAYLIST:
- WHOOT, THERE IT IS [ULTIMIX]
WOOPY THERE IT EASY/ 95 South - WHO AM I (WHAT'S MY NAME)? / Snoop
SnoopyDoggy Dogg [Snoop Dogg] - AUTOMATIC LOVER (CALL FOR LOVE) [AIRPLAY REMIX] / MC Sar & The Real McCoy [Real McCoy]
- SHOOP / Salt-N-Pepa
- I GOT TO GIVE IT UP [RADIO EDIT] / Masterboy
- DRIVE / Double You
- SO MUCH IN LOVE / All-4-One
- THE COLOUR OF MY DREAMS / B.G. The Prince of Rap
- THE SIGN / Ace of Base
- LOOK WHO'S TALKING / Dr. Alban
- LOVESICK / Undercover
- HEY EVERYBODY (OUT OF CONTROL) / DJ Company
- THINK ABOUT THE WAY / Ice MC
- CANNONBALL / The Breeders
Olá, Padawans! Todes bem?
Eu já postei anteriormente este disco por aqui no dia 11 de maio de 2013 mas agora está em FLAC e com capas restauradas.
Antigamente rezava uma lenda urbana que as coletâneas na Som Livre de muito sucesso eram feitas para compensar pelo fato da novela não ter uma trilha internacional ou ter uma trilha internacional tão exótica que parece que adivinhavam que não teria grande aceitação do público. Se isso realmente for verdade "Top Hits", por exemplo, seria uma compensação pela novela "Renascer" que só teve trilha regional; ou "Hit Parade" para compensar o volume 2 de "Fera Ferida"; e "TOP SURPRISE" para compensar a trilha internacional em espanhol de "Tropicaliente". Será que isso realmente procede? Não, mas vamos ficar com o benefício da dúvida. O caso é que: A gravadora precisa vender e todas as citadas venderam bastante.
Estávamos no pico da era da Dance Music no Brasil e "Top Surprise" refletia muito bem isso. Nessa época eu não comprava mais discos de vinil e já há dois anos eu só ouvia CD. Adquiri minha versão em LP anos depois (comprei a tiragem da BMG primeiro e da Sony Music depois).
O layout novo para os selos impressos na parte não gravada do CD muda a partir desse lançamento após 6 anos. Antes era a parte esquerda preta e a outra sem tinta onde era impressa a playlist formando as letras CD. Neste CD veio apenas o título. A Videolar assume a fabricação a partir deste, antes relegada à Sonopress.
Logo de cara temos um "problema", meus caros: Ninguém sequer tinha ouvido falar no duo 95 South que abriu o disco com sua "Whoot, There It Is" - na verdade esperávamos a faixa do Tag Team, "Whoomp! There It Is!", que era de grande sucesso na época. Aproveitando dessa cópia descarada mas sem ser a mesma música, ela parou no disco. O curioso é que Tag Team não reclamou na época. Sim, o LP saiu na época pela ressuscitada Top Tape. Na capa ainda veio com o título errado: "Woopy There It Easy".
Logo em seguida toca "Who Am I (What's My Name)?" do rapper Snoop Dogg ou como ele se denominava na época: Snoop Doggy Dogg. Ele usou e abusou de samples e referências à banda funk americana Parliament. Canções como "Give Up The Funk (Tear The Roof Off The Sucker)" e "P. Funk" (Wants to Get funked Up). A canção ficou "da bomb" de tão boa!
A partir daqui começa a parte de dance music propriamente dita. MC Sar & The Real McCoy (ou rebatizada de Real McCoy pelo presidente da Arista Records Clive Davis nos Estados Unidos) se apresenta comseu hit "Automatic Lover". Curiosamente não é a versão que tocou nos rádios mas é tão boa quanto. Essa é versão "Airplay Remix".
Salt-N-Pepa não dava as caras fazia tempo. Desde seu último hit "Let's Talk About Sex" em 1990 e da ressureição de seu hit antigo "Push It" em 1993 elas emplacaram "Shoop", que contém um sample de uma faixa das Ikettes, grupo feminino de Ike Turner (ex-Tina Turner) e muitos anos depois passou a ser tema do filme "Deadpool".
Masterboy também fazia sucesso e seu hit anterior, "Everybody Needs Somebody", abriu portas no Brasil. Optaram por colocar a versão "radio edit" por conta da minutagem alta da versão original.
Double You já havia lançado "Part-Time Lover" como parte de seu segundo álbum "The Blue Album" em 1994. O single saiu bem antes do álbum em questão e também foi parte da coletânea "Hit Parade" na mesma gravadora. "Drive", um cover da banda The Cars, foi parte do primeiro álbum de 1992. Um hit tardio, por assim dizer.
Ninguém associava o quarteto All-4-One ao megahit "I Swear" (todo mundo pensava erroneamente que Boyz II Men cantava essa). Para fechar o lado A, a faixa "So Much In Love" foi escolhida. A faixa é somente acappella (só vocais, sem instrumental).
Depois da "birita is hot" do B.G. The Prince of Rap o mesmo repagina o seu som, troca o hip hop pela dance music e o resultado foi "The Colours of My Dreams". No momento da escrita deste release, choquei em Cristo que ele faleceu em janeiro de 2023 na Alemanha. O álbum "The Time Is Now" é maravilhoso e digno de resgate.
Ace of Base era estouradasso nas paradas de sucesso por aqui, praticamente um novo ABBA por conta de sua formação (dois homens, uma loura e uma morena). "The Sign" veio em uma bola de hits que rolava ladeira acima para o sucesso e "Happy Nation - U.S. Version" (Brasil e resto do mundo) ou "The Sign" (Estados Unidos) vendia a rodo por aqui.
Dr. Alban era muito lembrado por causa de seus hits "It's My Life" (1993) e "Sing Hallelujah!" (1993/1994) de seu primeiro álbum. O segundo nos entregou "Look Who's Talking", também hit nas rádios Brasil afora.
Outro caso de single que saiu no Brasil antes do álbum - lembrando que isso não era comum por aqui: "Lovesick" (Undercover) também tocou demasiadamente na época e saiu primeiro nesta coletânea. Seu single subsequente, "Best Friend", também saiu em uma coletânea chamada "Club Dancing" antes do álbum. Falando nele, "Ain't No Stoppin' Us!" já saiu com vários hits estourados.
DJ Company emplacou "Hey Everybody (Out of Control)" por aqui. Curiosamente só existe em um single e em coletâneas diversas da Sony. Eles não lançaram álbum.
Outro que se repaginou e elevou a italohouse ao nível de italodance foi Ice MC, que em nada mais lembrava o cantor do hit "Cinema". Ele adotou o estilo de cantar rap em patois (jamaicanos cantam assim) e já emplacou o segundo single de seu novo álbum na época, nos entregando "Think About The Way" com os vocais da ainda desconhecida Alessia Aquilani, a Alexia do hit "Uh-La-La-La". Aliás, os artistas da DWA (Dance World Attack na Itália, Spotlight aqui) colaboravam mutuamente nos álbuns uns dos outros, uma camaradagem bacana de se ver. Double You, Alexia, Sandra Chambers e Jenny B. (as duas últimas a voz do projeto - NÃO É CANTORA! - Corona) mais o Ice MC sempre faziam isso. Tudo comandado por Roberto Zanetti, o Robyx.
Depois de tanta Dance Music, eis que Sérgio Motta resolveu terminar o disco com o rock grunge "Cannonball" da banda alternativa The Breeders comandada por Kim Deal, membro da antológica banda alternativa Pixies e Tanya Donnely de outra banda alternativa Throwing Muses. A música não tem muita coisa a ver com o clima do disco mas dane-se! Eu gosto da música assim, mesmo.
Bem, gente, é isso. Eu sei que muita gente tem, mas penso em quem não tem. No próximo post eu volto com os outros volumes de TOP SURPRISE. Beijundas e FUI!

3 comentários:
Parabéns Meu Amigo Pela Postagem, Simplesmente Top Um Abraço
Por falar em Uh-La-La-La, quem é aquele rapper que divide o microfone com Alexia?
Vou ter de ver no meu CD da Alexia para ver quem faz os vocais masculinos mas vai demorar um bocado. ,;-)
Postar um comentário