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FICHA TÉCNICA:
Ano: 1990 - Gravadora: Philips / PolyGram (Universal Music) sob encomenda da Rede Globo.
Nº de catálogo: GLOBO-001
Seleção de repertório: Ezequiel Neves
Remasterizado por: Sky Walker
Arte de capa e foto: Desconhecido
Fonogramas cedidos: Som Livre (1, 3, 4. 5, 6, 7, 10, 11, 14, 15, 17, 19) e Universal Music (2, 8, 9, 12, 13, 16, 18, 20).
PLAYLIST:
- EXAGERADO
- FAZ PARTE DO MEU SHOW
- PRO DIA NASCER FELIZ*
- TODO AMOR QUE HOUVER NESSA VIDA*
- MAIOR ABANDONADO*
- BETE BALANÇO*
- CODINOME BEIJA-FLOR
- IDEOLOGIA
- O TEMPO NÃO PARA [Ao Vivo]
- POR QUE A GENTE É ASSIM?*
- MAL NENHUM
- O BRASIL VAI ENSINAR O MUNDO
- SÓ SE FOR A DOIS
- DOWN EM MIM*
- BILHETINHO AZUL*
- COMPLETAMENTE BLUE
- POR AÍ*
- HEI REI!
- SÓ AS MÃES SÃO FELIZES
- BRASIL
*com Barão Vermelho
Oi, Padawans! Todes bem?
Hoje eu relembro um período muito triste da música brasileira: No dia 7 de julho de 1990 Agenor de Miranda Araújo Neto faleceu. Não ligou o nome à pessoa? Falo do cantor CAZUZA. Após uma batalha perdida para a AIDS, ele finalmente veio a descansar nesse dia. A doença o fez definhar rapidamente em três anos, mesmo indo aos Estados Unidos se tratar. Estamos falando de uma época em que não tínhamos um tratamento eficaz disponível para essa condição, na época no auge da pandemia. Não era do interesse governamental combater a mesma por se tratar de uma doença estigmatizada como "câncer gay" e corroborando para o preconceito das alas mais conservadoras da sociedade e da igreja, que via como uma punição aos homossexuais. Ele foi enterrado com o caixão lacrado.
Mesmo com todo tratamento disponível e informações disponíveis à disposição de qualquer um no Google, ainda vivemos uma era de estigmatização mesmo sendo amplamente divulgado que passou de uma doença fatal a uma doença crônica, que com a medicação tomada regularmente a pessoa que vive com o vírus HIV vive uma vida normal e se torna intransmissível. Por isso mesmo, já está mais do que provado que a pessoa que tem como exame o vírus indetectável no sangue está com a quantidade de vírus tão baixa no sangue que ela se torna intransmissível por quaisquer vias (sexual, vertical - mãe para filho e em contato com sangue contaminado em ocasião de lesões externas ou fluidos corporais como sêmen). O controle de transfusão sanguínea se tornou megarrigorosa ao longo de todos esses anos e homens LGBTs e HSH (homens que fazem sexo com homens) podem, legalmente, doar sangue. Todo sangue passa por testes rigorosíssimos antes de ir para um necessitado de transfusão, gente. Não se deixem iludir por informações falsas. Só para salientar esse assunto: Indetectável = intransmissível (I = I) ou Indetectável= ZERO (I =0).
Outra coisa bem importante de se ficar claro: HIV é o vírus. A AIDS é a infecção, não o vírus. O vírus destrói as células de defesa do organismo, causando a deficiência imunológica ou imunodeficiência. Isso faz com que o organismo não consiga se defender de quaisquer infecções oportunistas, levando às pessoas que não se tratam ao óbito.
Pode beijar, compartilhar pratos, talheres, toalhas (isso é anti-higiênico, mas enfim, tem de se falar...) e, por favor, SAIBAM DE SEU STATUS SOROLÓGICO! Se estiverem negativos, continuem se prevenindo com os métodos disponíveis (camisinha para pessoas com pênis - externa - e camisinha para pessoas com vagina - interna -, PrEP - profilaxia pré-exposição, PeP - profilaxia pós-exposição, prevenção combinada - camisinha + PrEP); se estiverem positivos, procurem um infectologista o mais rápido possível e iniciem o tratamento o quanto antes. É grátis, universal, pelo SUS. Tomem a medicação diariamente, sem falhas, pelo resto de suas vidas. Se o tratamento falhar, a resistência do vírus aumenta e fica cada vez pior ao tratar com tanta troca de remédio. Vamos ser responsáveis consigo mesmos e com o próximo? Agradecido! Nada de roleta russa!
Essa coletânea foi feita logo após a morte de Cazuza em caráter promocional e de distribuição interna aos funcionários da Rede Globo e Som Livre. Mesmo sendo fabricado pela VAT (Vídeo Aúdio Tape da Amazônia) sob encomenda da PolyGram, foi uma união de esforços em torno do luto e do pesar de todos. Ninguém pleiteou os créditos de nada e nem os mesmos aparecem nas capas, só se vendo a quem pertence no selo do CD. O número de catálogo é GLOBO-001. Lembrando que João Araújo, o presidente da Som Livre, era o pai de Cazuza e provavelmente estava profundamente abalado com a morte do filho.
As músicas escolhidas representam mais o espírito do cantor do que um "Grandes Sucessos". Ainda deu uma prévia do que viria a seguir no disco póstumo "Por Aí" (Philips / PolyGram, 1991) com as faixas "O Brasil Vai Ensinar O Mundo" e "Hei Rei!". A seleção de repertório foi feita por Ezequiel Neves, grande amigo do Caju (como era conhecido pelos amigos), mas creio que na época o mesmo já não trabalhava mais na gravadora.
Espero que curtam essa coletânea rara que reflete a alma de um dos maiores expoentes da música brasileira. FUI!
P.S.: Comentários de ódio não serão tolerados e ainda farei o hater passar vergonha no PIX. Avisados! FUI de vez! ;-)

5 comentários:
Sky, o link não está ativado.
Por que com o caixão lacrado?
Marinaldo, link ativado! Abraço.
K. Araújo: antigamente, por falta de conhecimento, enterravam os falecidos em consequência da AIDS em caixões lacrados para evitar a "possível" contaminação às outras pessoas, assim como fizeram na época da CoVid. Hoje isso se provou ser um absurdo.
Ola! Parabéns Pela Postagem, Tem Como Você Postar Mas Rock Brasileiro Eu Sou Um Dos Amantes Do Rock Brasil Ou New Wave Como Queira Obrigado Um Abraço
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