![]() |
| Baixe esta coletânea em FLAC Lossless aqui. |
FICHA TÉCNICA:
Ano: 1988 - Gravadora: Som Livre
Nº de catálogo: 402.0012 (LP) / 742.0012 (K7) / 401.0004 (CD)
Seleção de repertório: Sérgio Motta
Gerente de produto: Toninho Paladino
Masterização: Ieddo Gouveia (LP e K7) / Màrio Jorge e Aramis Barros (CD)
Faixas produzidas por Paulinho Tapajós (1, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 13), Max Pierre (2, 3, 4, 5, 12, 14) e Guto Graça Mello (15).
Ripado diretamente do CD original, exceto faixa 15 extraída do CD "Pirlimpimpim" (Som Livre, 1982, 2006).
Fotos: João Bosco (Matéria Prisma)
Assistente: Luiz Simões
Produção: Cátia Gimenez
PLAYLIST (CD, LP e K7):
- A BANDA DO ZÉ PRETINHO
- IVE BRUSSEL / com Caetano Veloso
- WALDOMIRO PENA
- SALVE SIMPATIA
- A CEGONHA CHEGOU EM MADUREIRA
- O DIA EM QUE O SOL DECLAROU SEU AMOR PELA TERRA
- SANTA CLARA CLAREOU
- OÉ OÉ (FAZ O CARRO DE BOI NA ESTRADA)
- CONQUERÓ
- CURUMIM CHAMA CUNHATÃ QUE EU VOU CONTAR (TODO DIA ERA DIA DE ÍNDIO)
- TAJ MAHAL / FIO MARAVILHA / PAÍS TROPICAL
- ROBERTO CORTA ESSA
- TROCA-TROCA
- SASACI PERERÊ (somente para esta gravação. Título original: SACI PERERÊ)
- ($WP Bonus Track:) SACI PERERÊ [Versão Pirlimpipim]
Salve, Padawans! Voltei com a minha, a sua, a nossa série SOM LIVRE ORIGENS! Continuando a nossa sequência, chegou a vez de Jorge Ben Jor anteriormente conhecido como Jorge Ben. O carioca Jorge Duílio Lima Menezes nasceu em 1939 (na data de fechamento deste post, isso dá 84 anos, exatamente o tempo em que a Rose de Titanic citou no início do seu relato [risos]) e começou sua carreira em 1963 - 24 anos na época - com o hit "Mas Que Nada", até hoje considerado um clássico do cancioneiro popular brasileiro.
Depois de uma fase prolífica na Philips (1963 - 1976) ele mudou para a Som Livre e gravou o álbum "A Banda do Zé Pretinho" (1978) onde além de música de sucesso homônima ainda teve de hits "Troca-Troca" e "Amante Amado" (tema da novela "Dancin' Days", não presente nesta coletânea). O álbum ganhou várias reedições em CD, sendo a última remasterização em CD em 2016 e uma reedição em LP pelo selo Discobertas em 2018.
No ano seguinte ele lançou um de seus álbuns mais lembrados e mais caçado pelos colecionadores: "Salve Simpatia", que trouxe sucessos como a faixa-título, "Ive Brussel" (amplamente tocada nos rádios até hoje, em dueto com Caetano Veloso) e "Waldomiro Pena" (nome do personagem de Hugo Carvana na série global "Plantão de Polícia", onde Jorge emplacou a faixa como tema de abertura). O último relançamento em CD deste álbum foi em 2016.
Em 1980 ele lançou o disco "Alô, Alô, Como Vai?" produzido por Lincoln Olivetti e com toda massa pesada que veio junto com Lincoln (ou seja: o naipe de metais oriunda da Banda Black Rio) e ainda obteve a participação especial de Lucinha Lins. Deste álbum foi cunhada a faixa "A Cegonha Me Deixou Em Madureira".
Já em 1981 foi a vez do álbum "Bem-Vinda Amizade" chegar às lojas e com ele os hits "O Dia Em Que O Sol Declarou Seu Amor Pela Terra", "Santa Clara Clareou" e ainda "Curumim Chama Cunhatã Que Eu Vou Contar (Todo Dia Era Dia De Índio)", que foi hit na voz de Baby Consuelo (atual Baby do Brasil) e ainda cunhada para esta compilação a faixa "Oé Oé (Faz O Carro de Boi Na Estrada).
1982 chegou e ele fez uma participação no especial infantil "Prilimpimpim" como Saci Pererê gerando, assim, a faixa homônima. Aqui eu trouxe na versão do álbum "nome do álbum" e também na versão do especial infantil.
Começou o ano de 1983 e então veio o álbum "Dádiva" com os hits "Conqueró" e o medley "Taj Mahal / Fio Maravilha / País Tropical" mais "Rio Babilônia" (favor não confundir com "Babilônia Rock" de Robson Jorge & Lincoln Olivetti, tema do filme de mesmo nome).
Do álbum "Sonsual" de 1984 nada foi aproveitado.
Já do álbum "Ben Brasil", o último dele pela Som Livre nos anos 1980, o hit "Roberto Corta Essa" está presente, além de "Sasaci Pererê" que nada mais é uma versão do hit de 1982 do disco "Pirlimpimpim" que assim foi renomeado para este álbum. O curioso é que no CD veio com o título e GRA (guia de recolhimento autoral) da outra versão. Então vou aproveitar aqui para informar o GRA correto para essa música: 62866982. O GRA informado na contracapa do CD é referente à gravação do Pirlimpimpim o que me faz presumir que a gravadora tinha a intenção de usar a versão do especial em detrimento da do álbum de 1986.
É isso, pessoal! Eu gosto muito deste disco. Tem muita faixa dessa fase que é rara. Indubitavelmente "A Banda do Zé Pretinho" e "Salve Simpatia" são os dois álbuns que ficaram na memória afetiva dos brasileiros. Atualmente bem difíceis de se achar em quaisquer um dos formatos.
Espero que curtam tanto este compilado como eu gostei e que apreciem a faixa-bônus que eu coloquei - foi somente neste AQUI, tá? Abreijos a todos e FUI!

Um comentário:
Essa coletânea, eu só consegui em “CD” muito tempo depois, é a que eu mais gosto dessa série, porque durante muitos anos, somente esse disco tinha as músicas em “CD” dessa fase da “Som Livre” que eu adoro, todas as músicas são maravilhosas, eu poderia comentar sobre todas, mas vou me ater somente a revelar quais são as minhas preferidas das preferidas, que são “Santa Clara Clareou” e “Oé Oé (Faz O Carro De Boi Na Estrada) ”, somente por volta de 2000/2001 é que eu consegui adquirir outra coletânea dessa fase que foi na maravilhosa série “Pérolas”, e que desengavetou até “Francis Hime”, somente em 2017 é que felizmente consegui todos os discos dessa época maravilhosa (1978-1981) graças à “Nossa Senhora das Discobertas”, anteriormente tinha saído os ótimos “CDs” “Dádiva” e “Sonsual” dando fim à carreira de “Jorge Ben” e anunciando que a partir de “1986” a grande maioria dos medalhões da “MPB” iriam gravar seu últimos “CDS” bons, pois entre “1977-1985” todos os grandes da nossa música gravavam um disco por ano todo bom e em sua maioria com músicas inéditas, eu tenho duas hipóteses para o que aconteceu, a primeira, eu acho que foi o “Cometa Halley” que passou mais próximo da terra em 1986 e levou o resto de criatividade dessa turma, deixando só o resto de luz que vinha da cauda para a turma do “Rock Nacional” que iria brilhar até 1993, a outra hipótese que eu tenho é que o “Lindo Sonho Delirante” nessa época estava fora de moda, o “Bagulho” começou a vir mofado do “Paraguai” e a chegada do “Ecstasy” e “Crack” deu uma acelerada nos neurônios do pessoal, e a coisa poética e contemplativa acabou, só foi bom para o “Bate Estaca Techno” que reinou na primeira metade dos “Anos 1990”, a partir daí, eu nunca mais consegui dançar direto pelo menos uma música, pois toda música que tocava nas baladas, a “Galera” (detesto essa palavra) ficava um minuto parado feito múmia só olhando um pro outro, até começar o “Tá Tá Tá Tá Tá Tá Tá....” de novo.
Só para finalizar, duas curiosidades, o último disco da fase “Jorge Ben”, foi o fraquíssimo “Ben Brasil”, é tão ruim, que ele resolveu procurar a (o) “numeróloga (o) ” picareta das estrelas e mudou para “Benjor”, que para mim, só funcionou com a “Sandra” (a Sá), eu só lembro de ter tocado no rádio a música “Roberto Corta Essa”, eu adorava, cantava direto, curtia demais o balanço, o ritmo e os arranjos, o tempo passa, alguns evoluem, quando saiu a edição remasterizada em “CD”, eu corri e comprei, botei para escutar, alguns segundos depois: ”Meu Deus, como é que eu gostava de uma música dessa?” A letra é uma bosta, um hino ao machista escroto que quer uma mulher linda e perfeita, enquanto ele pode ser feio, careca, fedorento, barrigudo e a base de “Viagra”, a outra curiosidade, é que a “Tchurma” da fumacinha aqui de “Fortaleza” parodiou a música “Todo dia era dia de Índio” e cantava “Curumim chaMaconhatan que eu vou comprar”.
Mister John Fortal
Postar um comentário