Som Livre Legacy: Marcos Valle / MARCOS VALLE + BICICLETA / BETA MENINA (Som Livre, 1983 e 1984)

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Capa do compacto simples "Bicicleta" (1984), incluído neste lançamento.

FICHA TÉCNICA:

Ano: 1983 (Álbum) e 1984 (Compacto simples) - Gravadora: Som Livre

Nº de Catálogo: 403.6282 (LP) / 740.6282 (K7) / 0541-2 (CD - Som Livre Masters, 2006) / DB-064 (CD - Discobertas, 2012) / 4361-2 (CD, 2016)

TS-051 (LP - Três Selos (Clear)) / MRBLP231 (LP - Mr. Bongo (EUA e Inglaterra, diversas cores)) / VAMPI215 (LP - Vampi Soul (Espanha, diversas cores))

Produzido por Lincoln Olivetti e Paulo Sergio Valle (álbum e compacto); Marcos Valle (compacto)

Arranjos: Lincoln Olivetti, Marcos Valle e Eduardo Lages

Regências: Lincoln Olivetti e Eduardo Lages

CAPA

Direção de arte: Cosme de Oliveira

Fotos: João Bosco (LP) e Josemar Ferrari (Câmara Três) (Compacto)

Ilustração (compacto): Arthur Braga

Arte-Final: Tuninho de Paula (álbum) e Lula (compacto)

Personagens da capa (compacto): Marcos Valle, bicicleta e Shaully (cão)

RIPADO DO CD ORIGINAL SOM LIVRE MASTERS. FAIXAS DO COMPACTO ADQUIRIDAS PELO APP DA MAÇÃ.

Reedição Som Livre Masters dirigida por Charles Gavin

Remasterizado por Luigi Hoffer

PLAYLIST:

1. ESTRELAR
2. FOGO DO SOL
3. SAMBA DE VERÃO (tema da novela "Champagne")
4. PARA OS FILHOS DE ABRAÃO
5. NATURALMENTE
6. TAPA NO REAL
7. TAPETES, GUARDANAPOS, CETINS
8. DIA D
9. MAIS QUE AMOR
10. VIOLA ENLUARADA
11. BICICLETA [Faixa-bônus, 1984]
12. BETA MENINA [Faixa-bônus, 1984]

        Oi, Padawans!

        MARCOS VALLE saiu do loirão bossa nova e playboy com seu Mustang Cor de Sangue e Corcel Cor de Mel para o homem iniciando sua maturidade dentro da geração saúde dos anos 1980. A turma das academias de ginástica, dos sanduíches naturais "de coração" (alusão à música do Rádio Taxi). "Tem que correr, tem de malhar, tem de suar..." foi o início de uma onda e um frenesi que levou o cantor de encontro ao mercado musical para as massas. 

        No álbum de 1983 ele se juntou a um time de primeira: Leon Ware - músico e produtor musical norte-americano que contribuiu como compositor em 3 músicas do disco -, Robson Jorge e Lincoln Olivetti - contribuindo com suas perspicácias de sonoridade pop, arranjos e como instrumentistas -, Eduardo Lages (famoso por ser maestro do Roberto Carlos, também arranjador do disco) - mais Rosana, Márcio Lott nos vocais e uma galera sonora da pesada oriunda da Banda Black Rio.

        O carro-chefe foi a música "Estrelar" com um clipe que estreou no Fantástico abordando a onda da malhação. Curiosamente nunca parou em novelas - mesmo ele fazendo uma ponta em "Pão Pão Beijo, Beijo" em 1983 e o disco é, nos dias de hoje, cultuado no mundo todo como um bom exemplo de Brazilian Boogie (música pra dançar brasileira).

        O disco divide opiniões, mas a minha é que eu adoro por ter ouvido exaustivamente ao longo da vida. Mas reconheço que há algumas faixas fracas ali perto de pérolas como "Dia D" (cantado somente pelo coro) ou "Tapa No Real". Porém, há quem não entenda o deboche de "Tapetes, Guardanapos, Cetins" onde Marcos altera sua voz se fazendo passar por um convidado esnobe de uma festa que espera que, ao menos, sirvam o jantar.

        Em sua releitura de "Viola Enluarada" (interpretado por Maurício Einhorn na gaita) tem uma citação marota de "Andança" (sucesso de Beth Carvalho e Golden Boys composta por Danilo Caymmi, Edmundo Souto e Paulinho Tapajós - também dos festivais assim como "Viola") aos 3:25 que quase passa despercebida.

        Bom, amem ou odeiem, desde 2017 ele ganhou reedição em vinil em diversas cores além do tradicional preto incluindo versões splattered (salpicadas de cores) e marmorizados sendo as reprensagens mais famosas da gravadora inglesa Mr. Bongo e a gravadora espanhola Vampi Soul. Teve reedição no Brasil, também, através da gravadora Três Selos: uma reedição clear recheada de stickers - e muito cara, também. Comprei a da Mr. Bongo por estar bem mais em conta (e olha que a minha edição veio da Dinamarca!).

        É isso, pessoal! Deleitem-se! Beijundas e FUI!