sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Novela: UMA ROSA COM AMOR / Internacional (Som Livre, 1973)

Baixe esta trilha remasterizada em FLAC Lossless aqui.

FICHA TÉCNICA:
Ano: 1973 - Gravadora: Som Livre
Nº de catálogo: SSIG 6005 (LP) / K7SSIG 6005 (K7)
Coordenação geral: João Araújo
Layout: Joel Cocchiararo
Fotos (contracapa): Edson Coelho
Restauração de capas: Sky Walker
Pesquisa de atualização de créditos de fonogramas: Sky Walker
Fonogramas cedidos: Som Livre (1), UMG (2, 3, 4, 6, 8 e 9), Top Tape (5), Tam-Tam Media (7), Ariston Records / Disques Carabine (10), Warner Music (11 e 14), Pirames International Srl (12) e Pink Elephant (13).

PLAYLIST:
  1. IL ETAIT UNE FOIS... LA REVOLUTION IL ÉTAIT UNE FOIS... LA RÉVOLUTION / Free Sound Orchestra
  2. CROCODYLE CROCODILE ROCK / Elton John
  3. YOU ARE THE SUNSHINE OF MY LIFE / Stevie Wonder
  4. BEN / Michael Jackson
  5. CLAIR / Spirit of Freedom
  6. LOVE SONG / Michael Jackson The Jackson 5
  7. LA LA LA [Single Version] / El Chicles
  8. TELL ME ONCE AGAIN / The Light Reflections
  9. SUPERWOMAN [Single Version] / Stevie Wonder
  10. AMOUR ET LIBERTÉ / Tony Rallo Orchestra
  11. OH GIRL / The Chi-Lites
  12. UN AMORE SBAGLIATO / Tony Cucchiara
  13. THIS WORLD / Zingara
  14. WHEN YOU TOLD ME / P.J. Ross
Capa do compacto duplo da novela, tiragem Odeon.

Capa do compacto duplo da novela, tiragem RCA.




        Oi, Padawans! A trilha internacional de "Uma Rosa Com Amor" chegou por aqui. Foi a primeira trilha internacional radiofônica da qual eu tive notícia. 
        O disco começa com o tema do filme italiano "Giù La Testa" (Abaixa A Cabeça!). É um bang bang à italiana de 1971 com o tema do fime composto por Ennio Morricone, aqui interpretado pela Free Sound Orchestra.
        Outra coisa a se destacar é a faixa "Love Song" imputada ao Michael Jackson. Acontece que esta aqui é a mesma gravação da novela "O Bofe" interpretada pelos Jackson 5. Este single nunca parou em um álbum de carreira do grupo.
        Meus dedos coçaram para colocar "Superwoman" (Stevie Wonder) com a segunda parte que tem como subtítulo "Where Were You When I Needed You". Eu acho lindo demais! No final prevaleceu a versão single, mesmo.
        Ainda estou em dúvida se Spirit of Freedom era uma banda cover brasileira ou estrangeira. Eles brincaram com a música de Gilbert O'Sullivan e ficou muito bom.
        Outra que eu descobri que a versão do álbum não era a mesma do rádio foi "La La La" (El Chicles). A do álbum é bem lentinha e a voz lânguida da vocalista sugere letargia.
       É isso, pessoal! Divirtam-se com este clássico. 
        FUI! 

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Som Livre Masters Trilhas: UMA ROSA COM AMOR (Som Livre, 1972)

Baixe esta trilha sonora aqui.

FICHA TÉCNICA:
Ano: 1972 - Gravadora: Som Livre
Nº de Catálogo: SSIG 1021 (LP) / 403.6021 (LP - RCA) / K7SSIG 1021 (K7) / C8SSIG 1021 (Cartucho 8 Pistas) / 0572-2 (CD reedição 2006)
RIPADO DO CD ORIGINAL.
Coordenação geral: João Araújo
Produção musical: Eustáquio Sena
Arranjos: Waltel Branco e Luís Cláudio (Uma Rosa Com Amor)
Todos os fonogramas Som Livre, exceto: SME (1), WEA (10), UMG (11) e MVC (12).
Layout: Joel Cocchiararo
Fotos: Edson Coelho
Restauração de capas: Sky Walker + Prints retirados do CD original (encarte, contracapa e fundo de estojo)

PLAYLIST:
  1. MINHAS RAZÕES / Antônio Carlos e Jocafi
  2. DO AMOR FAZER NOVAS LENDAS / Luis Roberto
  3. VOU DISPARAR / Osmar Milito e Quarteto Number One
  4. ELISABETH / Paulinho Soares
  5. MARIONETE / Coral Som Livre
  6. BUONA SERA SERAFINA / Felipe Carone
  7. UMA ROSA COM AMOR / Kris & Kristina [Abertura]
  8. BATE-BOCA / Paulinho Soares
  9. BURGUÊS FINO TRATO / Djalma Dias
  10. XUXU BELEZA / Maria Alcina
  11. A ROSA / Moacyr Franco
  12. AMOR NÃO É COISA PRA NEGÓCIO / Tom & Dito
  13. BOM DE BICO / Marilton
  14. MEU SILÊNCIO / Márcio Lott
        Oi, Padawans!
        Hoje eu trago a trilha sonora original nacional de "Uma Rosa Com Amor", novela de Vicente Sesso exibida às 19h pela Rede Globo.
        Os dois principais sucessos foram o tema de abertura interpretado por Kris e Kristina e "A Rosa" (Moacyr Franco). Eu gostei da marcha carnavalesca "Me Solta" (Osmar Milito e Quarteto Forma) mas o mesmo não pude dizer de "Elisabeth" (Paulinho Soares). Sabe aquele lance de forçar um nome de personagem dentro de uma música? Foi isso e a música nem é tão ruim assim. Detalhe: Elizabeth (na novela era com Z) foi interpretada por... Beth Barcellos, cujo nome verdadeiro era... Elizabeth!
        O disco ainda tem as divertidas "Buona Sera Serafina" (Felipe Carone, que interpretava Giovanni, pai de Serafina Rosa, personagem de Marília Pêra) e "Meu Silêncio" (Márcio Lott). As duas têm um clima meio circense e italiano com efeitos sonoros remetendo à uma comédia pastelão - mas não têm nada de palhaçada explícita.
        Em tempos de ditadura o tema de abertura foi censurado na TV por causa do verso "...É um saco sem tamanho nesse pega pra capar..." (implicaram com o "pega pra capar") sendo que no disco não foi. Em seu lugar, na TV, veio: "É um saco sem tamanho nesse velho bafafá...". Falando nisso...
        
ENTENDENDO O CONTEXTO DE CRIAÇÃO DAS TRILHAS NO INÍCIO DA SOM LIVRE:

        Temos de analisar as trilhas sonoras antes de 1975 por dois vieses: A censura imposta pela ditadura militar nos anos 60 a 80 e o conceito de trilha sonora original que foi de um jeito no início e mudou depois.
        Não tínhamos um conceito de música pop brasileiro nos anos 1960 e 1970. Mesmo a MPB sendo fortíssima e sólida durante os "anos de chumbo" isso não se refletiu nas novelas - ou pelo menos essa ideia não foi adiante.
        Quando as trilhas eram lançadas pela Philips, Nelson Motta estava à frente de sua produção - o que resultou em verdadeiras obras-primas: "Véu de Noiva", "Verão Vermelho", "Assim Na Terra Como No Céu", "Pigmalião 70", "Irmãos Coragem" e, principalmente, "A Próxima Atração" (a trilha com mais hits de todas) contava com o largo casting da Phonogram na época podendo contar, então, com nomes como Elis Regina, Ivan Lins, Rita Lee, Jair Rodrigues, Maysa, Joyce e por aí vai. Começava a se desenhar os temas compostos para as personagens, tais como: "Madalena" (Elis Regina), "Ciça Cecília" (Erasmo Carlos) e por aí vai. Porém, com requinte e maestria. Os melhores arranjadores também estavam à disposição das gravadoras. Mesmo assim eram músicas da MPB e bastante jazz conferindo aos discos um certo requinte e status de trilhas sofisticadas.
        Em 1971 a SIGLA lançou, sob o seu nome fantasia Som Livre, a trilha nacional de "O Cafona". Tentaram trazer essa atmosfera que Nelson Motta imprimiu nas trilhas anteriores sob o comando de Nonato Buzar. A trilha vendeu tão bem que inspirou à Rede Globo e João Araújo a lançarem um Volume II somente com temas internacionais estabelecendo, assim, um padrão de trilhas para novelas: Um nacional e um internacional. Infelizmente isso não aconteceu com as novelas "Minha Doce Namorada" e "O Homem Que Deve Morrer", só fincando de vez com "Bandeira 2" (com uma trilha de sambas e canções do VI Festival Internacional da Canção) onde a Som Livre passou a beber fundo com hits da Motown em suas novelas. Top Tape e Tapecar começaram a reinar bonito por aqui.
        Falando nisso, hoje em dia é praticamente impossível pensar que a Motown representava na época algo parecido com a Spotlight Records ou Stiletto nos anos 80 e 90. Até tínhamos representantes legais das majors aqui (CBS, RCA, Phonogram e Odeon já habitavam por aqui mas a distribuição aqui era um balaio de gato. Subselos do que seria a Warner sairiam pela Chantecler, Gravações Elétricas e por aí vai até a WEA se instalar no Brasil). A Som Livre abusava do casting de três selos: Top Tape, Tapecar e - em menor escala - Chantecler. Por isso Michael Jackson, Diana Ross, Stevie Wonder e Elton John (que era dstribuído pela RGE/Fermata) eram figurinhas fáceis nas trilhas dos anos 1970.
        A partir de 1972 começou o conceito de Trilha Sonora Original de fato com composições feitas para a trama  e com a primeira, "O Primeiro Amor" de 1972, (trilha composta por Antônio Carlos e Jocafi com algumas de Ildásio Tavares) a coisa começou a ficar meio "idiotizada" por causa do aperto da Censura Federal ocasionando uma preferência pelas trilhas internacionais (o lema era não incitar as pessoas a pensar: quem pensa se rebela e isso não era bom pra ditadura militar, pois era considerado subversivo). Aliado a isso, os arranjadores estavam procurando uma identidade pop para as novelas modernas e - vamos combinar - os arranjos eram pobres e não dava pra se dançar com as músicas das novelas em uma festinha. A ideia que me dava era que a Som Livre trabalhava com orçamento limitado com a trilhas nacionais e metendo bronca comas internacionais.
        Então veio "Selva de Pedra" (1972) cujas duas trilhas foram um sucesso de vendas sobretudo a Internacional, cultuada até os dias atuais. A nacional foi composta por Marcos e Paulo Sérgio Valle. Ainda no mesmo foi lançado "O Bofe" com músicas de Roberto e Erasmo Carlos - o que não significou que fosse uma trilha boa, pois as músicas eram muito abaixo do padrão de composição dos dois - hoje vale uma fortuna. Se vocês soubessem que isso significa, na prática, atirar pérolas aos porcos, vocês não pensariam em desembolsar R$ 400,00 por este disco.
        "Uma Rosa Com Amor" e "A Patota" tiveram um refresco do conceito de T.S.O. mas isso voltou com "Cavalo de Aço" em 1973 tendo músicas de Guto Graça Mello e Nelson Motta percorrendo, ainda, com "O Bem-Amado" (Toquinho e Vinícius), "Carinhoso" (metade do disco com temas do cancioneiro nacional interpretados por Márcio Montarroyos), "O Semideus" (Baden Powell e Paulo César Pinheiro - recomendo!), "Os Ossos do Barão" (1974, com Marcos e Paulo Sérgio Valle) e "Supermanoela" (com Antônio Carlos e Jocafi novamente).
        "O Espigão" (1974) foi a primeira trilha sonora a perder o conceito de "Original" e passou a aceitar massivamente músicas sortidas de outras gravadoras. De volta ao habitual de T.S.O., "Fogo Sobre Terra" tem, em pé de igualdade, temas de Ruy Maurity do que do Toquinho e Vinicius. "Corrida do Ouro" foi composta por Zé Rodrix. "O Rebu" foi a última trilha nos anos 1970 que levou esse conceito com músicas do Raul Seixas e Paulo Coelho. Outro disco caro e chato de se achar.
        A partir de 1975 o padrão estabelecido passou a ser as Trilhas Sonoras como compilação. Até tinham temas feitos ou escolhidos a dedo para os personagens na novela, mas perdeu-se o preconceito de usarem artistas de outras gravadoras. As novelas passaram a ser vitrine para o artista determinando o grande sucesso - aliado à exposição televisiva nas novelas e, consequentemente, cantando nos programas musicais e dominicais da emissora.
        Outro efeito causado foi o aparecimento dos cantores brasileiros que se passavam por artistas internacionais e cantavam suas músicas nas novelas, mas eu já falei sobre isso em posts anteriores. Procure por "Hits Again" e lá explico o como e o por quê o cenário foi favorável para que isso acontecesse.
        Entre 1975 e 1979 as novelas das 18h eram mais curtas e suas trilhas saíram em compacto. Em sua maioria novelas de época. "Escrava Isaura", "O Feijão e O Sonho", "Maria Maria", "A Sucessora", "Memórias de Amor", "À Sombra dos Laranjais", "Vejo A Lua No Céu", "A Moreninha" e "Senhora" assim foram lançadas.
                   Depois as trilhas das 18 horas passaram a ser lançadas em LP mas sem a sua equivalente internacional, como o caso de "Gina", "Marina", "As Três Marias", "Olhai Os Lírios do Campo" e "Ciranda de Pedra".
        Não posso esquecer das trilhas complementares: "Uma Noite No Bataclan" (da novela "Gabriela" em 1975) e "Coquetel de Amor" (uma novela dentro da novela "Espelho Mágico", em 1977).
        Menção honrosa para os dois compactos internacionais de trilhas: "Uma Rosa Com Amor" (que teve reedição com selo S azul em 1978) e "Cavalo de Aço" (1973).
        Espero não ter esquecido nada, mas se eu esqueci eu tenho certeza de que virão me relembrar. ;-)

VOLTANDO À "...ROSA..."

        Em 1973 a Som Livre lançou o compacto "4 Sucessos Originais de Novelas" contendo "Uma Rosa Com Amor" (Kris e Kristina) e "Bate-Boca" (Paulinho Soares). Além dessas duas, o disco ainda contém "Homem de Verdade" (Djalma Dias - Cavalo de Aço) e "O Bem-Amado" (Coral Som Livre - da novela homônima).
        É isso, pessoal! Vou nessa. Até à próxima e não se esqueçam de ajudar o Titio a continuar a postar aqui. O seu PIX é fundamental!
        FUI!


quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Som Livre Legacy: ROCK IN RIO II: Nacional (1990) e Internacional (1991) (Som Livre)

Baixe esta coletânea remasterizada em FLAC Lossless aqui.


FICHA TÉCNICA:
Ano: 1990 - Gravadora: Som Livre
Nº de catálogo: 406.0102 (LP) / 746.0102 (K7) / 401.0134 (CD)
Gerente de produto: Toninho Paladino
Seleção de repertório: Sérgio Motta
Masterização (CD original): Sérgio Seabra
Remasterizado para este lançamento por Sky Walker
Fonogramas cedidos por WEA (1, 4, 10 e 11), SME (2, 3, 5, 7, 8, 9 e 14) e UMG (6 e 13).
CAPA
Projeto gráfico: Marciso (Pena) Carvalho
Logomarca: Artplan
Capas restauradas / refeitas por Sky Walker

PLAYLIST:
  1. DEUS E O DIABO / Titãs - VINHETA FINAL por Mauro e Quitéria
  2. ME CHAMA / Lobão
  3. O ASTRONAUTA DE MÁRMORE (STARMAN) / Nenhum de Nós
  4. POLÍTICA VOZ / Barão Vermelho
  5. ALÍVIO IMEDIATO / Engenheiros do Hawaii
  6. FÁTIMA / Capital Inicial
  7. A UM PASSO DA ETERNIDADE / Paulo Ricardo
  8. AMO EM SILÊNCIO (SILENCE IS GOLDEN) / Roupa Nova
  9. CABELO / Gal Costa
  10. REALCE / Gilberto Gil
  11. MANUEL / Ed Motta & Conexão Japeri [Conexão Japeri não creditado no disco]
  12. A LUA DOS AMANTES / Moraes & Pepeu [Moraes Moreira e Pepeu Gomes]
  13. OURO PURO [AO VIVO] / Elba Ramalho
  14. CARNE, OSSO E CILICONE SILICONE / Inimigos do Rei

Baixe esta coletânea remasterizada em FLAC Lossless aqui.

FICHA TÉCNICA:
Ano: 1991 - Gravadora: Som Livre
Nº de catálogo: 406.0103 (LP) / 746.0103 (K7) / 401.0135 (CD)
Gerente de produto: Toninho Paladino
Seleção de repertório: Sérgio Motta
Masterização (CD original): Sérgio Seabra
Remasterizado para este lançamento por Sky Walker
Fonogramas cedidos por WEA (1, 2, 5 e 10), SME (3, 4, 9, 11 e 12), UMG (6 e 8) e Tommy Boy Entertainment (7).
CAPA
Projeto gráfico: Marciso (Pena) Carvalho
Logomarca: Artplan
Capas restauradas / refeitas por Sky Walker

PLAYLIST:
  1. CRYING IN THE RAIN / a-ha
  2. GROOVE IS IN THE HEART [Peanut Butter Mix] / Deee-Lite
  3. PLEASE DON'T GO GIRL / New Kids on the Block
  4. FAITH / George Michael
  5. UNCHAIN MY HEART / Joe Cocker
  6. HOLY WARS... THE PUNISHMENT DUE / Megadeth
  7. THINK / Information Society
  8. WALK THIS WAY / Run-DMC & Aerosmith [Aerosmith não creditado no disco por não cantar no festival)
  9. OYE COMO VA / Santana
  10. CRADLE OF LOVE / Billy Idol
  11. YOU CAN'T DENY IT / Lisa Stansfield
  12. PAINKILLER / Judas Priest

        Olá, Padawans! Todes bem?
        Hoje foi o dia de relembrar o ROCK IN RIO de 1991 em homenagem aos 40 anos de festival comemorados agora em setembro. Eu estive neste que foi no Maracanã e queria ver Information Society, a-ha e Debbie Gibson mas minha mãe acabou comprando pra eu ver Snap!, Run-DMC e New Kids on the Block. Na época eu fiquei com um ódio mortal, pois eu execrava os New Kids como artistas. Vejam vocês: Hoje eu amo os New Kids. Ah!: O Snap! faltou porque perderam o avião pra vir ao Rio. Sah-cow!
        Curiosamente o disco nacional foi o último da Som Livre em 1990 e o internacional foi o primeiro da gravadora em 1991. Na versão em LP o ano nem foi colocado. Não sei se houve prensagem Sony Music, mas se houve o ano foi citado, provavelmente.
        Os dois discos refletem bem o que estava tocando dos artistas convidados na época. Tirando clássicos como "Realce" (Gilberto Gil), "Me Chama" (Lobão) e "Fátima" (Capital Inicial) só os mais velhos e fãs relembram as outras músicas do disco nacional. Em uma época que os Titãs estavam dando adeus ao disco "Õ Blesq Blom" para se concentrar em um novo trabalho o single "Deus e o Diabo" apagou as luzes do álbum de 1989. Curiosamente a faixa também encerra o álbum deles.
        Sem sombra de dúvida "O Astronauta de Mármore" (Nenhum de Nós) foi o hit principal do disco - "Cardume" - que foi lançado também em 1989. "Alívio Imediato" (Engenheiros do Hawaii) também foi um grande hit, hoje relegado ao esquecimento pela maioria.
        A exemplo do que ocorreu com o disco nacional de 1984, o lado A é mais voltado para o rock nacional enquanto o lado B é mais eclético contendo artistas da MPB como Gal Costa ("Cabelo"), o já referido Gil, Roupa Nova ("Amo em Silêncio"), Elba Ramalho ("Ouro Puro") e Moraes e Pepeu ("A Lua dos Amantes"). Para completar o line-up, Ed Motta ("Manuel") e Inimigos do Rei ("Carne, Osso e Silicone").
        O internacional também contou com músicas novas e algumas nem tanto no disco. a-ha deu o nome fazendo cover de um hit de Carole King ("Crying in the Rain") enquanto que o projeto dance Deee-Lite - que foi chamado às pressas juntamente com Faith No More devido ao retumbante sucesso em plena era MTV - compareceu com seu grande hit "Groove Is in the Heart" com um remix.
        Dentre os hits novos ainda constavam Information Society ("Think") e Billy Idol ("Cradle of Love"), ambos amplamente divulgados na MTV. Já Lisa Stansfield empolgou a galera com seu show no Maraca e colocaram o hit internacional "You Can't Deny It" (infelizmente não pegou no Brasil).
        Dentre as antigas destaco "Please Don't Go Girl" (NKTOB completinha, diferente do que aconteceu na coletânea "Hitmakers" [Som Livre, 1988]), "Faith" (George Michael) e "Oye Como Va" (do guitarrista Carlos Santana).
        O metal foi representado pelas bandas Megadeth e Judas Priest. A faixa "Holy Wars... The Punishment Due" acabou sendo o tema do festival quando passava na TV Globo. Já "Painkiller" veio editada no disco.
        Nenhum dos dois volumes chegam aos pés dos discos da edição de 1985 mas não são ruins. Com uma maior diversificação do que a antecessora, mesmo assim os artistas convidados eram maravilhosos. Não está essa bagunça de hoje onde não sabemos se é Funk in Rio, Trap In Rio, Agro In Rio, Samba In Rio, Meu Cu In Rio...
        É isso, pessoal! Aproveitem a chegada da primavera! Beijundas e fui!!!

sábado, 21 de setembro de 2024

Campeões de Audiência: O CAFONA e O CAFONA VOLUME II (Internacional) (Som Livre, 1971)

Obs.: TRILHA NACIONAL ORIGINALMENTE POSTADA EM 6 DE SETEMBRO DE2024!

TRILHA SONORA NACIONAL:
Baixe esta trilha sonora em FLAC Loseless aqui.

FICHA TÉCNICA:
Ano: 1971 - Gravadora: Som Livre
Nº de catálogo: SIG-1001 (LP Mono) / SSIG-1001 (LP Estéreo) / C8SSIG-1001 (Cartucho 8 Pistas - Estéreo) / 3024-2 (CD reedição 2001)
RIPADO DO CD ORIGINAL
Coordenação Geral: João Araújo
Produção Musical: Nonato Buzar
Gravado no Estúdio Nusidisc (Rio)
Mixado no Estúdio Somil (Rio)
Técnicos de gravação: Walter e Luigi
Técnico de mixagem: Célio Martins
Arranjadores: Ivan Paulo (Faixas 1, 4 e 8); Roberto Menescal (2, 6, 10, 11 e 14); Carlos Lyra (5); e Arthur Verocai (3, 9, e 12).
"Agradecemos à Gravadora Equipe pela gentil cessão do seu artista exclusivo Sérgio Ricardo para participar desta produção."
Todos os fonogramas de titularidade de Som Livre.
FICHA TÉCNICA DO CD:
Masterização: Sergio Seabra e Júlio Carneiro
Projeto Gráfico: Marciso "Pena" Carvalho
Designer Assistente: André Rola
Ilustração da TV (não incluso): Romero Cavalcanti
Texto (não incluso): Mauro Alencar
Capa restaurada para CD por: Sky Walker

PLAYLIST:
  1. SHIRLEY SEXY / Marília Pêra
  2. NADA MAIS / Jacks Wu
  3. BIA BIA BEATRIZ / O Som Livre
  4. DEPOIS DE TANTO TEMPO / Ângela Valle
  5. GENTE DO MORRO / Carlos Lyra
  6. HOMEM DE BEM / Marcos Samy
  7. O CAFONA / Ângela Valle e Paulo Sérgio Valle [Abertura]
  8. LÚCIA ESPARADRAPO / Betinho
  9. MANEQUIM / Marília Barbosa
  10. ALTA SOCIEDADE / Pedrinho Rodrigues
  11. I GET BABY / Nonato Buzar
  12. LUZES, CÂMERA, AÇÃO / Betinho
  13. TUDO O QUE EU SOU EU DEI / Sérgio Ricardo
  14. TANTO CARA / Marcello Guenza


TRILHA SONORA INTERNACIONAL:
Baixe esta trilha remasterizada em FLAC Lossless aqui.

FICHA TÉCNICA:
Ano: 1971 - Gravadora: Som Livre
Nº de catálogo: SIGI-5001 (LP) / K7SIGI-5001 (K7) / CS8SIGI-5001 (Cartucho 8-trk)
Seleção de repertório: Som Livre (Desconhecido)
Remasterização e restauração de capas: Sky Walker
Pesquisa de atualização de créditos de fonogramas: Sky Walker
Fonogramas pertencentes a: The Jubilee Group (1, 4, 5 e 7), Sony Music (2), Unidisc (3), Roulette Records (6, 9, 11 e 12), Warner Music (8) e Blue Lagoon (10).
Nota da contracapa, na época: "Repertório licenciado por Top Tape Música Ltda., exceto as faixas 3 do lado A e 2 do lado B."

PLAYLIST:
  1. ACAPULCO GOLD / Mazon Dixon Mason-Dixon
  2. I FEEL BETTER / Paul Davis
  3. *COMME J'AI TOUJOURS ENVIE D'AIMER / Marc Hamilton
  4. LIFETIME OF LOVE / Toni Tony Devon
  5. WHAT ARE YOU DOING SUNDAY / Silver
  6. I LOVE YOU FOR ALL SEASONS [Instrumental] / The Fuzz
  7. BOUREE MAN / Lenny Damon and the Bah Humbug Band [banda acompanhante não creditada na trilha]
  8. LE ROI *LES ROIS MAGES / Sheila
  9. *I LOVE YOU FOR ALL SEASONS / The Fuzz
  10. CAN'T FIND THE TIME / Rose Colored Glass
  11. *LEAVE IT ALL BEHIND ME / The Fuzz
  12. YOU AND I / Geraldine Hunt and Charlie Hodges
Todas as faixas MONO exceto *ESTÉREO.

        "O Cafona", novela das 22 horas de autoria de Bráulio Pedroso, foi a primeira a ter sua trilha nacional a ser editada pela gravadora da casa (SIGLA - Sistema Globo de Gravações Audiovisuais Ltda. Selo: Som Livre). Os discos foram fabricados pela Odeon e seguiu assim até o final de 1973. A RCA tomou conta a partir de 1974.
        No início os discos saíam em dois formatos de áudio: Estereofônico (Estéreo) e Monaural (Mono). Aproveitando para bater o martelo final sobre um assunto, afirmo que por A + B o disco O CAFONA VOLUME II (INTERNACIONAL) NÃO EXISTE EM FORMATO ESTÉREO. Depois de uma pesquisa pessoal eu descobri que a maioria das gravações selecionadas para a trilha não existiam em estéreo (Somente as gravações do grupo The Fuzz, Marc Hamilton e Sheila existiam dessa forma) o que eu acho que deve ter pesado na decisão de só ter saído em mono.
        O disco nacional vendeu bem, encorajando a lançar um volume II somente com canções internacionais e, assim, estabelecendo um padrão na gravadora.
        Os maiores hits da novela foram o tema de abertura, "Shirley Sexy", "Bia Bia Beatriz" e "Lúcia Esparadrapo".
            Há um gap aos 48 segundos da música "Manequim" (Marília Barbosa e não a Pêra como foi indicado no CD). Um pequeno silêncio pode ser ouvido no decorrer da faixa. Nem tentem reclamar, pois saiu assim em todos os formatos de mídia física (e, consequentemente, formato digital).
        Em breve eu retorno para comentar a trilha internacional, minha futura postagem. Aguardem a continuação deste post!
        Beijos e FUI!

FALANDO SOBRE A TRILHA INTERNACIONAL: (21/09/2024):

            Olá, Padawans! Eu não falei que eu voltaria? Hoje falarei sobre a trilha internacional!
        Ontem eu tirei meu tempo para revisar o trabalho feito em cima dela e posso dizer que eu fiquei orgulhoso de trazer a vocês uma trilha com a melhor qualidade sonora possível disponível. A começar pela falta de fontes digitais - muito poucas foram as músicas reeditadas para as redes e o que tinha estavam com um som bem precário. Então, sim, retirei muita coisa direto do disco de vinil da trilha.
        Vou começar a falar de dois problemas que me dariam dor de cabeça por um longo tempo: As faixas 1 (Acapulco Gold) e a 6 (instrumental do trio feminino The Fuzz). 
            A primeira me causou uma dor de cabeça por dois motivos: Quem tem o disco da trilha percebeu que aos 2:33 a gravação deu uma derrapada devido à fita master na transcrição para o vinil master (o de níquel). O segundo problema foi que a partir de 2:42 a rotação começa a cair, cair... E assim vai até o fim. Aqui eu ajeitei as duas coisas. Posteriormente a faixa saiu em mais dois discos de Melhor de Novelas da gravadora mas só soube recentemente quando eu fui pesquisar os créditos pra colocar no CD. Agora nada derrapa e nem cai a rotação - e olha que eu pensei sério em deixar por se mostrar um momento histórico, mas meu TOC falou mais alto.
        A faixa 6 é a versão instrumental da faixa 9 (ou 3B no disco de vinil) e em todas as fontes que eu consegui (o disco da trilha e um compacto duplo do The Fuzz lançado pela RCA na época) o som estava destroçado, mesmo com as minhas cópias sendo praticamente zero bala! A faixa existe em CD mas não está disponível no iTunes por ser de selo menor. Curiosamente o disco saiu pela Sony Music mas o seu ISRC indica a Rhino Records, selo pertencente à Warner Music. Então vai mono, mesmo. As gravações do The Fuzz presentes aqui eu retirei do CD da Sony Music. As distribuídas pelo selo menor LSDR atualmente no iTunes corta dois ou três segundos do seu final. Aliás, eu não entendi os cortes bestas no início da faixa. A música já é minúscula e não tinha necessidade disso.
        Assim como a trilha nacional foi o disco numero 1 (inaugural) da Som Livre a trilha internacional também é o disco número 1 do catálogo internacional. Quem fabricou foi a Odeon, na época. Foi assim que eu descobri que erros de créditos cometidos por falta de atenção do responsável pela diagramação de capa e selos vem desde aí.
        A parte que mais me agradou foi saber que não tem filler e nem brazuca. Aliás, a Top Tape reinou no disco através dos selos Jubilee, Calli, Bang e Roulette Records. 
        Mason-Dixon - na verdade Mason & Dixon - foi uma dupla formada pelos cantores Bobby Mason e Tony Dixon. O seu single "Acapulco Gold" saiu pelo selo branco da Top Tape mas também pode ser encontrado com o selo da Jubilee por aqui com o mesmo número de catálogo. Na Alemanha "Acapulco Gold" chegou a sair pela Metronome Records (selo atualmente pertencente À Universal Music)  e em outros lugares pela Buttercup Records (subselo da Jubilee) sendo que o single o lado A é mono e o B com a mesma faixa é estéreo. Sim, Padawans: "Acapulco Gold" existe em estéreo mas essa gravação é igual a caviar: Nunca vi, só ouvi falar.
        "I Feel Better", de Paul Davis, foi lado B do single "When My Little Girl Is Smiling" pela Bang Records no mundo inteiro em 1971. As duas faixas do single viraram faixas-bônus na versão em CD do álbum "A Little Bit of Paul Davis", lançado originalmente em 1970 e ganhou sua reedição em CD em 2009 pela Wounded Bird Records / Sony Music. No Brasil a coisa inverteu pelo fato da música ter entrado na novela. Os trilheiros e fãs de Som Livre conhecem o cantor de voz maravilhosa pelas canções "Cool Night" (Disco '82) e "Do Right" (gospel disco que fecha a trilha internacional de "Plumas e Paetês" de 1980).
        O canadense Marc Hamilton lançou "Comme J'ai Toujours Envie d'Aimer" em 1970 pelo selo Trans-Canada e no Brasil a música foi distribuída em compacto pela própria Som Livre. Hoje em dia seu álbum está disponível pelo iTunes e fisicamente foi distribuído em CD pela Unidisc.
        Sheila (nome verdadeiro: Annie Chancel), a queridinha da França - assim era chamada durante as décadas de 1960 e 1970 - já tinha nove discos lançados no currículo quando "Love" foi para as lojas, também em 1971. Deste disco saiu o hit "Les Rois Mages" lançado, à epoca, pelo Disques Carrère. Atualmente o álbum é distribuído pela Warner Music France. Ainda teríamos outros encontros com ela, pois formou conjunto com B. Devotion (Sheila & B. Devotion) e nos deu a versão disco de "Singin' In The Rain" e ainda "Little Darlin'" (presente na trilha internacional da novela "Brilhante" em 1981).
        Lenny Damon é o nome artístico de Lenny Capello, músico estadunidense nascido em 1942. Através desse pseudônimo ele lançou "Bouree Man" e outro compacto pela Jubilee.
        O meu xodó é, sem a menor sombra de dúvida, o trio feminino The Fuzz. Provenientes de Washington, D.C. o grupo consistia das cantoras Sheila Young (também compositora do disco), Barbara Gilliam e Val Williams. Anteriormente com o nome de The Passionettes, trocaram de nome quando assinaram com a Calla Records  em 1971 e lançaram, no mesmo ano, seu álbum autointitulado levando "I Love You For All Seasons" ao top 30 da Billboard. Ainda fomos brindados com "Leave It All Behind Me", outra belezura do disco.
        Rose Colored Glass foi um grupo pop vindo de Dallas, Texas e parece que teve pouco tempo de vida e rendeu apenas dois singles, dentre eles a gostosa "Can't Find The Time" lançada pela Bang Records. O quarteto era encabeçado por Bill Tillman.
        Geradine Hunt ficou mais conhecida como cantora de Disco Music mas no início dos anos 1970, na época em que gravou "You And I" com o colega Charlie Hodgers ela assinava com a Calla Records, selo-irmã da Roulette Records. Nas minhas pesquisas descobri que ela é mãe dos cantores Freddie James e Rosalind Hunt (uma das metades do duo Cheri do hit "Murphy's Law").
        Bem, povo: Espero que gostem deste lançamento e sejam gentis com o titio: Ajude a caixinha com um pix de qualquer valor acima de R$ 20 pra continuar me ajudando a trazer coisas de qualidade pra vocês. Passo o chapéu, mesmo! Dinheiro -> equipamentos de ponta -> remasterizações de ponta. Ajude a cadeia produtiva!
        Beijos e FUI!

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Campeões de Audiência: CARINHOSO / Nacional e Internacional (Som Livre, 1973)

 TRILHA SONORA NACIONAL:

Baixe este álbum em FLAC Loseless aqui.

FICHA TÉCNICA:
Ano: 1973 - Gravadora: Som Livre
Nº de Catálogo: SSIG-1028 (LP - Tiragem EMI) / 403.6028 (LP - Tiragem RCA) / K7SSIG-1028 (K7) / 3009-2 (CD)
RIPADO DO CD ORIGINAL.
"Trilha Sonora Original Incluindo Manhattan".
Coordenação geral: João Araújo
Todas as faixas Som Livre, exceto faixa 2 por EMI Music Brasil (UMG).
Produção Musical: Eustáquio Sena (faixas 3, 4, 5, 6, 8 e 9) e Aloysio de Oliveira (8, 10, 11, 12, 13 e 14).
Estúdios: Somil e Audio-Video (Rio).
Masterização: Promaster
Lay-Out (LP): Joel Cocchiararo
Projeto gráfico (CD original): Marciso "Pena" Carvalho
Designer assistente (CD original): André Rola
Projeto gráfico (este lançamento): Capas restauradas e encarte adaptado para CD por Sky Walker.

PLAYLIST:
  1. AMAR, SOFRER E SONHAR (MITTERNACHTS BLUES) [Instrumental] / Nuvens
  2. MENTIRA / Marcos Valle
  3. "AS MOÇA" / Osmar Milito e Trama
  4. MANHÃ DE SOL / Piry e Seu Conjunto
  5. PRISCILA / Fernando Leporace
  6. POSSO VER O MUNDO PELA JANELA / Trama
  7. AMAR, SOFRER E SONHAR (MITTERNACHTS BLUES) [Vocal] / Nuvens
  8. CARINHOSO / Márcio Montarroyos e orquestra [Abertura]
  9. MANHATTAN / Márcio Montarroyos e orquestra
  10. DA COR DO PECADO / Márcio Montarroyos, coral e orquestra
  11. CHÃO DE ESTRELAS / Márcio Montarroyos, coral e orquestra
  12. MARIA / Márcio Montarroyos, coral e orquestra
  13. MULHER / Márcio Montarroyos, coral e orquestra
  14. NO RANCHO FUNDO / Márcio Montarroyos e orquestra

TRILHA SONORA INTERNACIONAL:
Baixe esta trilha remasterizada em FLAC Lossless aqui.

FICHA TÉCNICA:
Ano: 1973 - Gravadora: Som Livre
Nº de catálogo: SSIGI-5024 (LP - tiragens EMI e Tapecar) / 404.7024 (LP - Tiragem RCA) / K7SSIG-5024 (K7)
Seleção de repertório: Som Livre
Lay Out: Joel Cocchiararo
Capas restauradas por Sky Walker
Lay out adaptado para CD por Sky Walker
Fonogramas de titularidade de: Universal Music (1, 2, 4, 9 e 13), Warner Music (3 e 8), Top Tape (5, 11 e 12), Sonar Kollektiv (6), Som Livre (7 e 10) e Tapecar (14).
Remasterizado por Sky Walker.

PLAYLIST:
  1. MUSIC AND ME / Michael Jackson
  2. SKYLINE PIGEON* / Elton John
  3. SOUL MAKOSSA / Manu Dibango
  4. FOR ONCE IN MY LIFE / Gladys Knight and The Pips
  5. TIE A YELLOW RIBBON ROUND THE OLE OAK TREE** / Glen Simon
  6. WINDOW / Paul Bryan [Sérgio Sá]
  7. FREE FOR ALL / Free Sound Orchestra
  8. LA LE CRABE / Françoise Hardy
  9. HE / Family Child
  10. MANHATTAN / Sally Baldwin
  11. YOUR LOVE / Nathan Jones [Roberto Lippi]
  12. FOR BETTER / Chrystian
  13. LADY / Puzzle
  14. GERI / Jack & Jill

NOTAS:

*Os efeitos especiais que tocam durante "Skyline Pigeon" foram feitos para o LP "Sua Paz Mundial" (Som Livre, 1973);
**Original de Dawn - feat. Tony Orlando, o nome completo da música é esse. "Tie A Yellow Ribbon" foi uma redução feita para duas coletâneas da One Way / Top Tape.

            Salvem, Padawans! Tutti bene?
            Hoje da série "Campeões de Audiência" temos a novela "Carinhoso" de Lauro César Muniz exibida na Rede Globo em 1973 às 19h. Para nós que atualmente nos acostumamos em ter o horário das 7 reservado para as novelas leves e de humor, pensar em ter uma com uma temática mais séria soa estranho pra gente.
            Reconheceu os atores da capa? Vamos ver no sentido anti-horário: Regina Duarte, Cláudio Marzo, Rosamaria Murtinho, Célia Biar, Cláudio Cavalcanti e Marcos Paulo.
            O tema nacional que mais ficou no imaginário dos trilheiros em relação à novela (além da abertura, óbvio) foi "Manhattan" (Márcio Montarroyos) que ilustra bem a passagem da aeromoça "Cecília" (Regina Duarte) por Nova Iorque.
            O lado A contou com temas inéditos, sendo que "Amar, Sofrer e Sonhar" apareceu duas vezes em versões diferentes (instrumental e vocal) e ilustrava as idas e vindas de Cecília nos aeroportos e dentro do avião. Gosto do lado A todo mas destaco "Priscila" (Fernando Leporace) e "Posso Ver O Mundo Pela Janela" (Trama) como as que eu ponho no repeat.
            Já o lado B contou com releituras de clássicos do cancioneiro nacional interpretado pelo trompetista Márcio Montarroyos e orquestra - sendo três faixas com um coro. Destaco "Da Cor do Pecado" e "Maria" pelo final jazz inusitado mas tudo tá bonito de se ouvir. Aliás, sobre este lado a som Livre fez uma confusão na hora de indicar quais faixas tinham coro ou não, coisa que eu consertei neste relançamento.
            Uma observação: em "Manhattan", lá pelos 11 segundos em diante, é notável uma corrosão sonora em especial quando o trompete toca. Infelizmente isso também acontece no LP e cassete, não é defeito do CD e sim do master original. 
            Já a trilha internacional fez com que "Skyline Pigeon" (Elton John) fosse um megassucesso em terras brasileiras. Em qualquer lugar do mundo exceto o Brasil ela foi o lado B do single "Daniel". A versão da novela ainda contou com efeitos especiais providenciados no LP "Sua Paz Mundial" (Som Livre no mesmo ano) tornando a "versão do avião" única no mundo.
            Ainda temos como sucessos "Music and Me" (Michael Jackson) e "For Once In My Life" (Gladys Knight and The Pips). Os brazucas Paul Bryan (Sérgio Sá) e Chrystian foram sucesso com suas músicas "Window" e "For Better". O inglês sofrível de Bryan e Nathan Jones [Lippi] fica evidente quando eles pronunciam palavras com TH soando como S ("everything" vira "everySING") e Bryan transforma "thought" em "FOCK" (quase vira um palavrão).
            A Som Livre se aproveitou bastante por distribuir os discos de Françoise Hardy no Brasil na época, o que a levou a aparecer mais de uma vez em trilhas. 
            Na minha pesquisa de atualização de créditos de fonogramas meu queixo caiu quando descobri que Puzzle era banda americana lançada pela Motown e que a Tapecar se apropriou do selo para lançar Jack & Jill como se fossem da gravadora americana. Se repararem bem, um dos vocalistas tem a mesma voz do de "The Love We Share" (The Hopefuls), tema internacional da novela "O Semideus" também lançado em compacto pela Tapecar.
            Os brazucas do disco são: Glen Simon, Paul Bryan, Free Sound Orchestra, Sally Baldwin, Nathan Jones, Chrystian e Jack & Jill.
            O disco internacional teve três tiragens: a primeira pela Odeon, a segunda pela Tapecar e a terceira pela RCA. A segunda tiragem é mais especial por ter o Selo Som Livre mais diferente de todos, todo em azul chumbo com o logo da gravadora em preto sem o espiral. Também é, de longe, o que possui o melhor som e foi de onde eu tirei os fonogramas de disco. "Manhattan" vem gongada nas três edições mas nesse aqui vem menos.
            Bem, jovens aprendizes, é isso. Qualquer hora volto por aqui. Beijundas e FUI!

quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Repost: Seriado de TV: BANDINHA DE SUCUPIRA (RCA, 1983)

 

Baixe esta trilha remasterizada aqui.
FICHA TÉCNICA:
Ano: 1983 - Gravadora: RCA (Sony Music) - Nº de catálogo: 103.0579 (LP) / 710.0579 (K7)
Direção: Hélcio do Carmo
Coordenação artística: Lúcio Varela
Produtor: Hélcio Milito
Arranjos e regência: Magro (1-5); Regências (6-11): Hilton Assunção
Técnicos: Flávio Sena e Luiz Carlos T. Reis
Mixagem: Flávio Sena
Capa: Arthur Fróes
Fotos: Orlando Abrunhosa
Arte-final: Valério do Carmo
Agradecimentos especiais: Régis Cardoso

PLAYLIST:
  1. O BEM-AMADO / DOIS CORAÇÕES / Fala: Odorico Paraguaçu e Nezinho
  2. ELAS POR ELAS (COISAS DA VIDA) / DANCIN' DAYS / AS VITRINES
  3. HOMEM COM H / Fala: Zeca Diabo
  4. SANTA TEREZINHA / Irmãs Cajazeiras / Fala: Zeca Diabo
  5. O BEM-AMADO / Fala: Nezinho
  6. FESTA DO INTERIOR
  7. TÁ COM MEDO, TABARÉU (MELÔ DA PIPA)
  8. MULHER NOVA, BONITA E CARINHOSA FAZ O HOMEM GEMER SEM SENTIR DOR
  9. BATE CORAÇÃO
  10. CAPIM GORDURA
  11. O QUE É, O QUE É?
                  A novela "O Bem-Amado", de 1973, rendeu uma seriado dez anos depois com quase todo o elenco original da novela. O seriado não rendeu uma trilha sonora mas rendeu este disco estilo bandinha de coreto pela fictícia Lira Sucupirana, regida pelo maestro Zé Preá.
            Paulo Gracindo, Lima Duarte, dentre outros do elenco deram sua contribuição com alguns textos escritos por Dias Gomes. O disco não é nada comercial, mas vale a pena dar uma conferida.
           Um abraço a todos! FUI!!!!!

domingo, 1 de setembro de 2024

Campeões de Audiência: BANDEIRA 2 / Nacional e Internacional (Som Livre, 1971)

 TRILHA SONORA NACIONAL:

Capa da primeira tiragem. Baixe esta trilha remasterizada em FLAC Lossless aqui.

Capa alternativa da tiragem estéreo, da segunda tiragem em diante.


FICHA TÉCNICA:
Ano: 1971 - Gravadora: Som Livre
Nº de catálogo: SIG-1007 (LP Mono) / SSIG-1007 (LP Estéreo) / 403.6007 (LP tiragem RCA) / K7SIG-1007 (K7) / C8SIG-1007 (Cartucho 8 pistas) / 3025-2 (CD em 2006)
RIPADO DO CD ORIGINAL
Coordenação geral: João Araújo
Produção musical: Nonato Buzar
Gravado no Estúdio Musidisc
Mixado no Estúdio Somil
Lay-Out: Joel Cocchiararo
Foto: Edson
Restauração de capas e projeto gráfico: Sky Walker
Pesquisa de atualização de créditos de fonogramas: Sky Walker
Todos os fonogramas Som Livre exceto faixa 6 por EMI/UMG.

PLAYLIST:
  1. MARTIM CERERÊ / Zé Catimba e Brasil Ritmo 67
  2. PALAVRAS PERDIDAS / Maysa
  3. EM CADA VERSO, EM CADA SAMBA / Juan de Bourbon
  4. MURALHAS DA ADOLESCÊNCIA / Sandra
  5. TEMA DE TUCÃO (THEME FROM SHAFT) / Orquestra Som Livre [ABERTURA]
  6. DESACATO / Claudia [Claudya]
  7. NÃO NASCI PRA JOGADOR / Betinho
  8. BANDEIRA 2 / Marília Pêra
  9. RAINHA DA GAFIEIRA / Jacyra [Jacyra Silva]
  10. PAGO PRA VER / Orquestra Som Livre
  11. RETIRANTE / Catulo de Paula
  12. VOCÊ NÃO TÁ COM NADA / Marlene
  13. SEM VOLTA / Jacks Wu
  14. NAVEGANTE APOLINÁRIO / Pedrinho Rodrigues
TRILHA SONORA INTERNACIONAL:
Baixe esta trilha remastirzada em FLAC Lossless aqui.

FICHA TÉCNICA:
Ano: 1971 - Gravadora: Som Livre
Nº de catálogo: SIGI-5003 (LP Mono) / SSIGI-5003 (LP Estéreo) / K7SIGI-5003 (K7) / C8SIGI-5003 (Cartucho 8 pistas)
Seleção de repertório: Som Livre (Toninho Paladino)
Remasterizado por: Sky Walker
Pesquisa de atualização de créditos de fonogramas: Sky Walker
Restauração de capas e projeto gráfico: Sky Walker
Fonogramas cedidos por UMG, exceto: SME (1 e 14), UMG (2, 4, 6, a 13), Carrère (5) e Som Livre (3).

PLAYLIST:
  1. MAMY BLUE / Ricky Shayne [versão em inglês]
  2. I JUST WANT TO CELEBRATE / Rare Earth
  3. LOVE'S WHISTLE [MELÔ DO ASSOBIO] / Free Sound Orchestra
  4. GOT TO BE THERE / Michael Jackson
  5. ADIOS AMOR / Sheila [versão em italiano]
  6. MERCY, MERCY ME (THE ECOLOGY) / Marvin Gaye
  7. STRUNG OUT / Gordon Staples & The Motown Strings
  8. REMEMBER ME / Diana Ross
  9. YOU GOTTA HAVE LOVE IN YOUR HEART / The Supremes & Four Tops
  10. THINK OF ME AS A SOLDIER / Stevie Wonder
  11. GOING BACK TO INDIANA / The Jackson 5
  12. AKROPOLIS ADIEU (ACROPOLIS ADIEU) / Mireille Mathieu (versão em francês)
  13. HOW CAN I YOU BELIEVE / Eivets Rednow [Stevie Wonder escrito ao contrário]
  14. CERCA DE TI (THEY LONG TO BE) (CLOSE TO YOU) / Los Hermanos Castro

        Olá, Padawada! Voltei com as trilhas de "Bandeira 2", novela das 22h que consagrou o autor Dias Gomes e o ator Paulo Gracindo como o bicheiro Tucão (que ganhou o papel do também saudoso Sérgio Cardoso) eclipsando a personagem principal, a taxista Noeli (de uma Marília Pêra nada feliz com isso).
        A trilha nacional é composta de sambas abrindo, inclusive, com um samba enredo real composto por um personagem que estava vivinho da silva: Zé Catimba, compositor da Imperatriz Lopoldinense que foi interpretado na TV por Grande Otelo.  "Martim Cererê" foi um sucesso e ainda foi, um tempo depois e com um arranjo diferente, a abertura da novela.
         Falando em abertura, o "Tema de Tucão" era uma cópia descarada de "Theme From Shaft". Como a Som Livre não colocou os créditos como devia eu mesmo me dei o trabalho de dar ao César o que é de César, ou melhor: Ao Isaac Hayes o que é de Isaac Hayes.
        Algumas músicas como "Desacato" (Claudia/Claudya), "Palavras Perdidas" (Maysa) e "Você Não Tá Com Nada" (Marlene) foram parte integrante do VI Festival Internacional da Canção Popular com disco postado aqui, inclusive.
        Tem príncipe cantor aqui: Juan de Bourbon, da dinastia Burgos e Bourbon, é a representação da realeza brasileira no meio artístico.
         Já a trilha internacional é muito deliciosa: Bebeu muito do repertório da Motown. Já as músicas de artistas europeus como Ricky Shayne, Sheila e Mireille Mathieu curiosamente possuem mais de um idioma em versões - só pra me dar mais dor de cabeça na hora de adquirir a faixa. Podem deixar que eu não dei furo e coloquei as versões certas.
        Sinceramente não entendi o fato do Stevie Wonder escrever seu nome de trás pra frente na faixa 13. Ah!: O título saiu errado na capa do disco.
        Aliás, a capa do nacional teve duas capas: Uma com o selo estereofônico preto adesivado em cima da capa sanduíche e com o logo da novela intacto; e um segundo o selo estereofônico impresso direto na capa sem os dois decalques envolvendo o número 2. Eu não sei se isso também aconteceu com as versões mono dos discos.
        É isso, povo! Espero que gostem! E não se esqueçam de colaborar com o Titio para chegar à meta de um equipamento melhor para uma masterização mais joia pra vocês. FUI!