![]() |
| Baixe esta coletânea remasterizada e reformulada em FLAC Lossless aqui. |
FICHA TÉCNICA:
Ano: 1980 - Gravadora: Som Livre
Nº de catálogo: 403.6214 (Vol. 1 - LP) / 740.6214 (Vol. 1 - K7) // 403.6215 (Vol. 2 -LP) / 740.6215 (Vol. 2 - K7)
Capa: Hans Donner / Nilton Nunes
Adaptação de capa: $kywalker
Coordenação de capa: Vera Roesler
Arte-Final: Tuninho de Paula
Montagem: Ieddo Gouveia
Masterização para CD: $kywalker
Fonogramas gentilmente cedidos por: (DISCO 1:) EMI-Odeon (7), RGE (2, 4), Copacabana (11), PolyGram (3, 10), WEA (1, 5), Bandeirantes (6), Lotus (8) e RCA (9). // (DISCO 2:) CBS (1,5), EMI-Odeon (2, 4), RGE (3), Jam Music (6), Copacabana (7), PolyGram (8, 9, 10), WEA (11).
PLAYLIST:
- AGONIA / Oswaldo Montenegro
- DEVASSA / Fernanda
- A MASSA / Raimundo Sodré
- PORTO SOLIDÃO / Jessé
- O MAL É O QUE SAI DA BOCA DO HOMEM / Baby Consuelo e Pepeu Gomes [Pepeu não-creditado no disco]*
- RIO CAPIBARIBE / Quinteto Violado*
- CLREANA / Joyce (Moreno)
- REUNIÃO DE BACANA / Exporta Samba
- DIVERDADE / Diana Pequeno
- CHORO ALEGRE / Elza Maria*
- O PINHÃO NA AMARRAÇÃO (CANTO DE AMARRAÇÃO) / Dercio Marques*
- FOI DEUS QUEM FEZ VOCÊ / Amelinha
- TÃO MINHA, TÃO MULHER / Maurício Duboc*
- DEMÔNIO COLORIDO / Sandra Sá
- MAIS UMA BOCA / Fátima Guedes
- HINO AMIZADE / Zé Ramalho
- SAUDADE / Jane Duboc
- RASTA-PÉ / Jorge Alfredo e Chico Evangelista
- ESSA TAL CRIATURA / Leci Brandão
- NOSTRADAMUS / Eduardo Dusek
- FESTA DA CARNE / Mariama*
- ANUNCIAÇÃO / Zezé Motta*
*Retirado de disco de vinil.
Olá, Padawans! Tudo bem?
Eu sei que o Natal se aproxima e que eu disse que não sairia da minha caverna, mas resolvi prestar contas.
As coisas começaram a melhorar pro meu lado e resolvi devolver toda a gratidão pelos donativos de vocês com uma nova masterização para MPB 80, agora remasterizado a partir de um toca-discos decente. Valeu a pena cada pix de contribuição.
Eu sei que para 15 anos de atividade um milhão de visualizações é bem pouco, mas pensando pelo outro lado de não ser fácil de se achar em sites de busca é bem louvável. Não ser popular também significa que os arquivos para vocês baixarem permaneçam por aqui em maior tempo e assim eu não sofro com strikes e links inválidos. Isso também é segurança. Não sou um blogueiro de massa e sim de nicho. A pergunta que eu mais ouço quando comento da Sky Walker (sim, agora eu escrevo assim e vai ser um custo pra desapegar da velha forma) é: "Ué, você tem um blog?" Para vocês verem...
O disco duplo veio oriundo do (nome completo:) "Festival da Nova Música Popular Brasileira - MPB 80" que elegeu 60 finalistas entre 16 mil compositores e 20.183 músicas inéditas.
Para ilustrar melhor sobre como foi o Festival, republico aqui um artigo originário do site "Memória Globo" datado do dia 29 de outubro de 2021 com última atualização de março de 2023. Boa viagem!
"Com uma pré-seleção dirigida pelo maestro Guto Graça Mello, o Festival da Nova Música Popular Brasileira – MPB 80, apresentado na faixa de programação Sexta Super, elegeu 60 finalistas entre 16 mil compositores e 20.183 músicas inscritas. A Rede Globo convocou compositores de todo o país para o festival, e o interior foi representado por um número significativo de concorrentes.
Apresentação: Christiane Torloni, Glória Maria, Luiz Carlos Miele, Marcos Hummel, Nelson Motta e Paula Saldanha | Produção musical: Guto Graça Mello e J.C.Botezelli | Direção: Walter Lacet | Supervisão: Augusto César Vannucci | Período de exibição: 14/03/1980 – 23/08/1980 | Horário: sextas-feiras, às 21h10.

1º lugar no Festival da Nova Música Popular Brasileira: Oswaldo Montenegro
SINOPSE:
Ensaios e eliminatórias foram realizados no Teatro Fênix, no Riocentro e no Teatro do Jockey, no Jockey Club Brasileiro, no Rio de Janeiro. As músicas concorrentes foram divididas em grupos de 15 e apresentadas em quatro eliminatórias. Cada etapa apontava cinco músicas para formar as 20 composições que concorreriam às semifinais. O júri era composto por 200 profissionais das mais diversas áreas, como artistas plásticos, compositores, críticos, jornalistas e DJs.
Durante as eliminatórias foram realizados shows com destacados nomes da MPB, como: Caetano Veloso, Dorival Caymmi, Nelson Gonçalves e Tom Jobim. Gravaram-se, ainda, depoimentos sobre os festivais (como os do então ministro da Educação e Cultura Eduardo Portella, dos críticos musicais Ricardo Cravo Albin e Sérgio Cabral, do jornalista Blota Júnior e dos cantores Ângela Maria, Caetano Veloso, Elis Regina, Jair Rodrigues, Nara Leão e Zé Ramalho).
Algumas canções de destaque foram: "Clareana", de Joyce Moreno e Maurício Maestro, interpretada pela própria Joyce e "Nostradamus", composta e defendida por Eduardo Dussek. [Nota do Sky Walker: na época o sobrenome do Eduardo era grafado como DUSEK, um S só e quem fez o arranjo da música "Nostradamus" e a regeu no festival foi o atual professor aposentado da UNIRIO Roberto Gnattali].
A finalíssima foi realizada no ginásio do Maracanãzinho no dia 23 de agosto reunindo um público de 30 mil pessoas.
Enquanto os jurados davam as notas, Fagner, Gonzaguinha e Jorge Ben Jor se apresentavam para a plateia. Entre os concorrentes finalistas estavam nomes já consagrados na música nacional, como o grupo A Cor do Som e os cantores Baby Consuelo e Renato Teixeira. [Nota do Sky Walker: O curioso é que nem os nomes de A Cor do Som e de Renato Teixeira aparecem nos discos.]
A campeã do festival foi "Agonia", de (autoria de) Mongol interpretada por Oswaldo Montenegro; em segundo lugar ficou "Foi Deus quem Fez Você" de Luiz Ramalho (interpretada por Amelinha); e em terceiro "A Massa" de Raimundo Sodré e Antônio Portugal interpretada por Raimundo Sodré. Jane Duboc recebeu o prêmio de melhor cantora pela interpretação de "Saudade", de Nato Gomes.
Pelas normas do festival, os três primeiros colocados, o melhor arranjo e os melhores intérpretes masculino e feminino receberam prêmios em dinheiro. A composição campeã também levou um troféu criado especialmente para o evento.
CURIOSIDADES
MPB 80 fez uma parceria com a Associação Brasileira dos Produtores de Discos para que todos os classificados nas eliminatórias fossem contratados por uma gravadora. Cada concorrente gravou um compacto para ser divulgado nas rádios. Algumas músicas alcançaram grande sucesso, como a composição de Luiz Ramalho "Foi Deus quem Fez Você" cantada por Amelinha, que atingiu a marca de 300 mil discos vendidos. Outras lançaram novos nomes na MPB como Jessé, classificado com "Porto Solidão" de Zeca Bahia e Gincko, que vendeu mais de 100 mil discos. Jessé ganhou o prêmio de melhor intérprete masculino.
A segunda edição do Festival da Nova Música Popular Brasileira passou a se chamar MPB-Shell, por conta de seu patrocinador.
Os outros festivais produzidos pela Rede Globo foram: Festival Internacional da Canção (1967), II Festival Estudantil de Música Popular Brasileira (1968), Abertura – Festival da Nova Música (1975), MPB-Shell Especial (1981), MPB-Shell 1982 (1982), Festival dos Festivais (1985) e Festival da Música Brasileira (2000).
FONTES
Boletim Especial de Programação da Rede Globo, 1980; Boletim de Programação da Rede Globo números 349, 397, 12051; PENTEADO, Lea. “Hoje, a última eliminatória. Depois, Cr$ 1 milhão ao vencedor” In: O Globo, 11/07/1980; ANGÉLICA, Joana; FAJARDO, Elias; PENTEADO, Lea. “A grande noite da loucura da música popular” In: O Globo, 25/08/1980; “No ar, a corrida por um lugar no ‘hit-parade’” In: Jornal do Brasil, 14/03/1980."
Revisado por Sky Walker em 24 de janeiro de 2024.
Comentários do Sky Walker:
O primeiro volume (Faixas 1 - 11) começa com a ganhadora do festival "Agonia" (Oswaldo Montenegro). Apesar do menestrel ter ganho o evento a preferida do público foi "Foi Deus Quem Fez Você" (Amelinha).
Na verdade foi um concurso muito profícuo que rendeu muitos sucessos e nos revelou muita gente boa que até hoje permanecem no panteão da MPB. Sandra Sá é um desses exemplos: chegou chegando com "Demônio Colorido" e lhe rendeu um disco muito legal lançado pela RGE (atualmente o catálogo da RGE pertence à Som Livre). Aliás, o ano foi das mulheres: Joyce imortalizou "Clareana"; Fátima Guedes mostrou sua potência com "Mais Uma Boca", Fernanda sensualizou sem medo com "Devassa" - com sua voz grave cantando para uma outra mulher; Mariama veio com seu samba-canção "Festa da Carne"; Zezé Motta com seu samba-exaltação pós-apocalítico "Anunciação" (Mariama e Zezé Motta são as minhas favoritas do disco); Leci Brandão canta o samba-drama "Essa Tal Criatura"; Elza Maria com seu "Choro Alegre" e divertido; e Diana Pequeno e sua música com raízes da terra "Diverdade".
Baby do Brasil (ex-Consuelo) e Pepeu Gomes, então seu marido, vieram com a polêmica "O Mal É O Que Sai da Boca Do Homem". A música acabou sendo censurada por causa do primeiro verso: "Você pode fumar baseado...". Tentaram burlar a censura uma primeira vez mas infelizmente não conseguiram levar adiante. Mas quem disse que não iria sair no disco do Festival? Censura póstuma não teve como.
Jessé já era um cantor atuante com pseudônimos por conta das músicas em inglês (Tony Stevens era um deles) e com sua voz cristalina e afinadíssima se revelou como uma força da natureza com "Porto Solidão", até o final de sua vida sua canção-assinatura.
Exporta Samba foi outro grupo que imortalizou a música "Reunião de Bacana" e seu refrão: "Se gritar: "Pega-Ladrão!" / Não fica um, meu irmão..." a ponto de até hoje ser lembrada por outros grupos e cantores a ponto de até virar tema de abertura do programa "Vai Que Cola" do canal a cabo de televisão Multishow.
Raimundo Sodré mais Jorge Alfredo & Chico Evangelista emplacaram "A Massa" (terceiro lugar no festival) e "Rasta-Pé" (não encontrei nenhuma informação do disco dos dois mas creio eu que, finalmente sei onde A Cor do Som participou do festival: como banda de apoio para os compositores).
É isso. Agradeço a todos que colaboraram para que este momento chegasse, dos colaboradores até a quem chega os meus posts. VALEU!
Fui!









