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Ano: 2016 - Gravadora: $WP
Nº de catálogo: SWP-0081-2
Seleção de repertório: $kywalker
Remasterizado em 24 bits HD por $kywalker
Fonogramas cedidos por UMG, exceto: Comercial Fonográfica RGE Ltda. (3, 23, 24), CID Entertainment (4, 5, 8, 9, 10, 11), Trova (6, 7) e Sony Music (12, 13, 14, 15).
Bitrate: 320 kbps HD
CAPA
Arte-final: $kywalker
Fotos: Lívio Campos e Divulgação/DMP (contracapa)
PLAYLIST:
- ACALANTO / com Dorival Caymmi
- SAVEIROS
- O CANTADOR
- BEIJO PARTIDO
- PONTA DE AREIA
- ATRÁS DA PORTA
- PRA VOCÊ
- MEDO DE AMAR
- SÓ LOUCO
- DESENREDO
- MÃOS DE AFETO
- CAIS
- DONA OLÍMPIA
- SE QUERES SABER
- MEU MENINO
- MUDANÇA DOS VENTOS
- CANÇÃO DA MANHÃ FELIZ
- MEU BEM QUERER / part. esp.: Boca Livre
- MISTÉRIOS
- SOLIDÃO / com Flávio Venturini e Toninho Horta
- TEMA DE AMOR DE GABRIELA / com MPB-4
- SENTINELA / Milton Nascimento e Nana Caymmi
- DEIXA FICAR
- SUAVE VENENO
- RESPOSTA AO TEMPO [Faixa-Bônus]
Oi, gente! Hoje eu tirei um tempo para louvar a senhora Dinair Tostes Caymmi, ou a nossa "dama da canção" Nana Caymmi. Filha do cantor Dorival Caymmi, Nana é dona de um ouvido absoluto desde bebê e chorava caso alguém desentoasse uma melodia.
A sua estreia foi em 1960 aos 19 anos quando substituiu sua mãe Estela na gravação da música feita para ela quando bebê, "Acalanto", para um disco da extinta gravadora Elenco. Aloysio de Oliveira, dono e produtor da Elenco, a levou para a TV Tupi e em breve estreou seu próprio programa intitulado "A Canção de Nana".
Só que Nana estava noiva de um venezuelano e casou-se, abdicando de sua carreira por quatro anos. Porém, participou em 1964 do álbum "Caymmi Visita Tom e Leva Seus Filhos Nana, Dori e Danilo" da gravadora Elenco e em 1965 gravou seu LP de estreia: "Nana" (na época escrito com um acento circunflexo: NÂNA) com canções do pai e outras de Bossa Nova. Separou-se em 1965, com duas filhas e grávida do terceiro. Mesmo com o preconceito da sociedade, voltou ao Brasil e resolveu defender no I Festival Internacional da Canção a música "Saveiros" ganhando, assim, o primeiro lugar embaixo de vaias.
Com as coisas ficando feias por aqui (leia-se: ditadura botando pra quebrar) ela se exilou na Argentina onde lançou seu segundo disco pelo selo Trova - aqui no Brasil saiu pela CID. Falando nela, Durval Ferreira é quem lhe deu a chance para voltar finalmente a gravar no Brasil lançando o clássico atemporal "Nana Caymmi" em 1975 de onde saíram os clássicos "Ponta de Areia" e "Beijo Partido" (que virou tema da novela "Pecado Capital"). Em seguida lançou o álbum "Renascer", uma espécie de sequência ao anterior e nos deu as interpretações inesquecíveis para "Mãos de Afeto" (do Ivan Lins) e "Desenredo" (muito famosa anos depois nas vozes conjunto vocal Boca Livre).
Em 1977 gravou um único disco pela RCA intitulado "Nana". Claro, mais interpretações marcantes: O samba "Milagre" (em parceria com o pai Dorival), "Dona Olimpia", "Meu Menino" (a forma mais linda de interpretar uma separação, haja vista que os compositores da música - Ana Terra e Danilo Caymmi - eram casados e após escreverem essa música, cada um foi para um lado), "Se Queres Saber" (composição de Peterpan escrita em 1937, que foi sucesso na minissérie "Quem Ama Não Mata", da Rede Globo).
Em 1979 Nana vai para a EMI-Odeon e em 1980 ela lança o lindo "Mudança dos Ventos", uma música que de cara fala da liberação feminina, muito em voga naquele ano - vide a série "Malu Mulher" e o especial antológico "Mulher 80". Ainda se seguiram os ótimos "...E A Gente Nem Deu Nome" (1981) - de onde saíram "Café Com Pão" e "Brisa do Mar" - e "Voz e Suor" (com César Camargo Mariano, em 1983).
Nos anos 1990 Nana se dedicou ao projeto de vários discos de bolero que, apesar de não ser o meu tipo agradável de repertório, foi onde a cantora ficou mais evidente apesar dos seus discos passados serem todos imperdíveis e com um time de músicos de primeira. Eis que em 1998 "Resposta ao Tempo" foi tema de abertura da minissérie "Hilda Furacão" e aí que Nana alcançou um sucesso estrondoso fora do nicho que ela era famosa, popularizando-se de verdade. O mesmo aconteceu quando "Suave Veneno" estourou, por ser tema de abertura da novela das 20 horas de mesmo nome em 1998.
Eu, particularmente, ouço todos os álbuns dela de 1965 a 1989 apenas, negando um pouco a fase de boleros. Como eu já falei anteriormente, ela sempre foi cercada de um time de músicos e arranjadores de primeira mas ela tem de vender para o povão, não é? Então vai o bolero, mesmo...
Esta coletânea é um apanhado deste período que eu mais gosto: Ela na Elenco, na RGE, na Trova, na CID, na RCA e na EMI. Comprem a caixa de 20 CD's e verão que ela realmente é uma das "Damas da Canção" de nossa MPB. Também perceberão que vivemos uma fase muito frutífera de nossa música a qual, particularmente, acho difícil retornar ou ter similar. Até a próxima! :-)

3 comentários:
Que grata surpresa essa coletânea hein?!
De fato a Nana tem uma das melhores e maiores vozes da nossa mpb (seja l[a o que mpb signifique). Não tem como não gostar dela! (só quem não tem sensibilidade musical pode não gostar dela e de sua família musical!)
Bom Dia
Interessante venho buscando material exatamente sobre Nana Caymmi e deparo com este blog com algumas peças da mesma maravilhoso só que não sei alguém teria esta caixa com quase todas as gravações por ela apresentada é uma baita reliquia se algum tiver publique.
obrigado pela oportunidade.
Que Deus a guarde em bom lugar.
Grande dama da MPB!
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