sábado, 14 de março de 2015

ANÁLISE RETRÔ: Trilhas Sonoras Internacionais de Novela da Globo, Anos 1990 (1991-2000)

           Oi, gente! Após alguns pedidos eu resolvi escrever a minha versão da análise retrô. O amigo HP deu a contribuição dele aqui no nosso site e eu acho que como escrevo mais do mesmo, mas todo mundo gosta. Então voltemos a viajar por elas. :-)
            Lembrando que cada disco daqui foi ouvido no momento em que escrevo para ter uma precisão maior do que falar e confirmar a minha impressão inicial. O tempo de cada disco corresponde exatamente ao tempo que levo para escrever sobre cada um. Então imaginem as horas de análise que eu tenho aqui...

Classificação: ME TOCOU DEEP IN MY HEART (trilha excelente pra cacete), ME TOCOU (trilha excelente-ótima), MUY BIEN (trilha boa), EN PASSANT (trilha regular), SALGUEI A SANTA CEIA (trilha ruim).

  • ARAPONGA (1991) - ME TOCOU DEEP IN MY HEART

Músicas na trilha: 14 - faixas inteiras no LP e CD: todas

          Muita gente reclamou do Sérgio Motta optar de fazer "Araponga" internacional um disco de clássicos dos anos 60 e 70. Mas o disco é lindo e cheio de clássicos bem escolhidos: "Secret Agent Man" (Johnny Rivers), a lindíssima "Never my Love" (The Association), "Respect" (Aretha Franklin), "The Pink Panther" (Henry Mancini) - o tema de "A Pantera Cor-de-Rosa" - "How Can You Mend A Broken Heart" (Bee Gees) e a emblemática "Turn! Turn! Turn!" (The Byrds). Também tem Jigsaw renvoando seu hit "Skyhigh" para os anos 90 - o mesmo já tinha feito com "Brand New Love Affair", respectivamente seu lado B em um compacto original dos anos 70, também presente na novela Gente Fina.
           "Teach Me Tiger" (April Stevens) foi retirado de LP e isso foi avisado no CD. Isso aconteceu por falta do Tape Master. Isso só é notado no CD, mesmo, haja vista que no LP nem se percebe. Falando do formato, fiquei maravilhado com o tratamento dado a ele, me conquistando ao ouvir a última faixa do lado A, "Lazy" (Tab "Big Voice" Smith). Pena que o mesmo não ocorreu com o CD.
           Ah, sim: Luiza Brunet apareceu nas duas capas do disco: Com um visual moderno no nacional e um outro retrô no internacional. E a contracapa do CD é azul, diferenciando do modelo vigente que era a contracapa preta.

           EXPLICANDO:

          Houve um retrocesso no processo de masterização e edição nos CD's da Som Livre a partir de 1991, com masterização praticamente feita para ouvidos biônicos e com as faixas vindo como na edição do LP, ou seja, se viessem cortadas/editadas no LP, assim viriam no CD.

  • MEU BEM, MEU MAL (1991)- MUY BIEN

Músicas na trilha: 14 - Faixas inteiras nos dois formatos: 10 - Fabricante alternativo? Sim (Sony Music)

           O disco abre com a versão single de "Being Boring" (Pet Shop Boys), música esta que é um clássico da dance music aqui no Brasil e foi onde a música mais fez sucesso no mundo. Logo em seguida DNA remixa Suzanne Vega (grafado erroneamente como SUZZANNE Vega no disco) e apresenta o grande hit "Tom's Diner" (mais conhecido aqui como o "Melô da Lerda"). O disco apresenta a versão estendida da música, mas acabam cortando o final como a versão single. Por isso ninguém notou que a versão é editada.
           Will to Power volta com a regravação de "I'm Not in Love", originalmente gravada por 10 CC e vergonhosamente cortada por SEGUNDOS no final. Em seguida Erasure comparece com seu grande hit na época, a dançante "Blue Savannah", com aquele finalzinho dando a entender que logo após viria outra música deles, "Drama". Betty Boo comparece com a VERGONHOSAMENTE EDITADA "Where Are You Baby?", e Righteous Brothers - banda em que inclui Bill Medley, o intérprete do tema principal do filme "Dirty Dancing" - com o grande hit da época por causa do filme "Ghost - Do Outro Lado da Vida": "Unchained Melody". Obviamente puseram a regravação de 1991 que fizeram para a Curb Records - hoje representada no Brasil pela Universal Music.
           O lado B abre com a ítalo-dance "Pianonegro", projeto de Roberto "Robyx" Zanetti, responsável pelo sucesso de, entre outros, Double You, Alexia, Ice MC e Savage - no caso, ele mesmo. Logo em seguida MC Hammer regravando e dando o seu toque rapper no clássico "Have You Seen Her?". Locomia (ou Loco Mia), aquele conjunto espanhol afetado com aqueles leques gigantes revelado pelo Gugu, estranhamente aparece no disco com seu maior hit homônimo, "Locomia" e, para o meu espanto, VEIO INTEIRA no disco, ou seja, com todos os seus 5:44(!!!).
           INXS aparece com o seu hit "By My Side", William Pitt e Fred Bongusto - cantor italiano que tinha lançado um disco que foi distribuído pela Som Livre na época - foram retirados de LP. Isso fica mais evidente na faixa do Fred, "Bastardo Amore", onde você ouve os chiadinhos pela música toda. E, claro, as bagaças ficaram por conta do cantor americano radicado no Brasil Malcolm Forest e Rick Melch, que nada mais é do que o pseudônimo de Robertinho de Recife.

  • LUA CHEIA DE AMOR (1991) - MUY BIEN

Músicas na trilha:  14 - faixas inteiras nos dois formatos: 6

           A Som Livre foi mediana nas trilhas de 1991, até porque as novelas faziam sucesso e antigamente tinha essa coisa de novela sendo ruim de audiência, disco ótimo para ajudar a alavancar a mesma.
           O disco abre com o tema do filme "Days of Thunder" (Dias de Trovão, estrelado por Tom Cruise e Nicole Kidman) "You Gotta Love Someone", interpretado por Elton John. A edição do final é bem-feita e nem se nota que a música é maior do que aquilo.
           Em seguida, temos Snap! com a versão do álbum de "Mary Had a Little Boy", um pouco maior do que a que tocava no rádio mas presente no álbum "World Power". "Love", clássico de John Lennon regravado por Dream Academy, foi outra que ganhou um ar moderno para a época e ficou Soul Dance, com um final editado tão bonitinho que também não se nota que a música é maior do que aquilo. Outras edições bem-feitas aconteceram com "Tiempo de Vals" (Cheyenne), "Let's Try It Again" (New Kids on the Block - mas para mim aqueles segundos finais me fizeram falta. Deve ser por eu ouvir tanto o álbum que me acostumei...) e "I'm Free" (The Soup Dragons feat. Junior Reid - omitiram o nome dele dos créditos -, regravação do clássico original na voz dos Rolling Stones).
           Completando sobre "Love", ela ainda incorpora versos de "#9 Dream", outro grande clássico do John Lennon.
            Ainda temos "When I Die" (The Real Milli Vanilli) e "Everybody Everybody" (Black Box) editadas de forma feia, "All the Man That I Need" (Whitney Houston), grande hit romântico da época e mais bagaças do Howard Thomas e Inca Ahuapi CABAÑAS (e não Cabãnas, conforme grafado no LP ou Cabanas, como grafado no CD).

  • O DONO DO MUNDO (1991) - MUY BIEN

Faixas: 14 - Músicas inteiras nos dois formatos: 7

           A novela do Gilberto Braga trouxe o grande hit de 1991 "Unforgettable", dueto criado eletronicamente entre o cantor Nat "King" Cole e sua filha, a já adulta Natalie Cole. Em seguida o hit dance "I've Been Thinking About You" (Londonbeat - grafado erroneamente como LONDON BEAT), a balada "I Love You" em sua versão single e editada (Vanilla Ice) - juro que se eu não conhecesse a música eu juraria que ela acaba ali - Enigma com "Sadeness, pt. 1" (e não SADNESS, como vem no disco) - esta sendo sobra da novela "Vamp", que estreou antes deste disco ser lançado - e Susanna Hoffs estreando carreira solo com "Unconditional Love" (no disco escrito errado como SUZANA Hoffs), cantora da extinta banda The Bangles.
              Temos ainda como grandes hits do disco: "Cry for Help" (Rick Astley, último grande hit dele no Brasil), "Gonna Make You Sweat (Everybody Dance Now)" (C + C Music Factory feat. Freedom Williams & Zelma Davis - além de errarem a grafia novamente de forma menos grave substituindo o + pelo &, esqueceram de colocar os "featuring" artistas), "You Are Everything" editada (Rod Stewart regravando Marvin Gaye & Diana Ross), "Only Time Will Tell" editada (dos irmãos loiros posers Nelson) e "Spring Love" (The Cover Girls - antes do estrondoso sucesso de "Wishing on a Star").
           Ainda "What's A Woman" (Vaya con Diós), que vem com um pequeno defeito logo no início do primeiro verso cantando em todos os formatos e editada também e as bagaças "Pretty Baby" (Jeff Rubin - composta por Robertinho de Recife ou Rick Melch), "Morning Dew" (Byron Prescott, pseudônimo de Mário Lúcio de Freitas) mais "The Day That Love Died" (Revoc, que lendo ao contrário vê-se claramente a palavra "Cover").
           Dois detalhes curiosos sobre este disco: A seleção de repertório foi feita pelo Sérgio Motta. No CD aparece que foi feita pelo Toninho Paladino. No Lp, a cessão das músicas da extinta EMI-Odeon, na capa, aparecia assim: (P) 1991 EMI-ODEON sob licença da... E não puseram o nome do selo que cedeu. No selo do disco aparecia a redundância: (P) 1991 EMI-Odeon sob licença da EMI-Odeon. Me pareceu meio idiota isso...

  • SALOMÉ (1991) - SALGUEI A SANTA CEIA

Faixas: 14 Músicas inteiras nos dois formatos: todas

          Eu sei que serei acusado de exagerado e etc., etc., mas é o que eu acho. Novela de época acho que pode ter trilha mista ou nacional. A trilha nacional é muito boa, diga-se de passagem, mas a internacional achei que foi selecionada nas coxas. A pessoa que selecionou deve ter achado o disco tão bom que nem pôs o nome dela lá como o pai da criança.
           "Tea for Two" com várias versões lindas como uma de Ella Fitzgerald (aproveitada na trilha de "O Cravo e A Rosa") e põem uma regravação horrorosa de Sarah Johnson? Um sacrilégio. Outra porcaria é "This Night Was Made for Dancin'" (Roger Whiteman). O que é isso? Boogie Oogie de quinta? Fox Trot malfeito? nem sei definir o que é isso...
           Para não dizer que eu sou muito riuim, vou destacar "With A Song in My Heart" (Doris Day, reprisada 4 anos depois em "Engraçadinha"), "I'm in The Mood for Love" (Johnny Mathis), "Stormy Weather" (Lena Horne), a regravação de "Ebb Tide" (Righteous Brothers) e "I Only Have Eyes for You" (Sweet Memories), que quase virou bagaça por causa daqueles vibrafones no meio da música mas a qualidade das cantoras compensou este pequeno defeito.

  • VAMP (1991) e RÁDIO CORSÁRIO - O SOM DA GALERA VAMP (1991) - MUY BIEN
Faixas: 14 (internacional) e 15 (Rádio Corsário). Músicas inteiras nos dois formatos: 10 (internacional) e Todas (Rádio Corsário)

           A trilha de Natal de 1991. Já a trilha complementar saiu um pouco antes e completamente diferente da ideia original, que era colocar músicas da personagem Mary Matoso (Patrícia Travassos). Ao invés disso, músicas pra cima, alto astral, rodeados de clássicos dos anos 50 e 60 oriundos das novelas "Escalada" e "Estúpido Cupido" mais algumas nacionais do ano de 1991 fizeram o repertório dele.
         
           Falemos da parte internacional de "Rádio Corsário" pois este disco saiu primeiro. Selecionada por Mariozinho Rocha, Ela foi lançada em virtude da novela mostra uma reviravolta contra os vampiros, onde os filhos do Capitão Jonas Rocha (Reginaldo Faria) e de Carmen Maura (Joana Fomm) conseguiram tomar a rádio Corsário das mãos dos Matoso e começaram a inaugurar uma nova era na cidade de Armação dos Anjos com músicas alegres, onde a felicidade voltava ao som de "Breaking Up Is Hard to Do" (Neil Sedaka) e outros clássicos, como "Diana" (Paul Anka), "Fun, Fun, Fun" (Beach Boys - diferente da versão de "Malhação 3") e "The Banana Boat Song Day-O" (Harry Belafonte). do lado nacional tem os hits "Quero Que Vá Tudo pro Inferno" (Claudia Ohana / Natasha), "Encoleirado" (Supla e Roger), "Não Vou Ficar" (Kid Abelha e Os Abóboras Selvagens fazendo cover do Tim Maia) e a divertida "Doidão" (Magrellos).


           Já a trilha internacional - o disco de natal da gravadora - contou com alguns hits e algumas outras músicas não tão famosas assim, mas ao meu ver que soam muito bem e só perdeu um pouco o brilho por causa da edição das faixas que apesar só de 4 sofrerem com isso, tirou um pouco do brilho da trilha como um todo.
           O disco começa com "I Remember You", hit da banda Skid Row que foi sucesso nos Estados Unidos e Europa em 1988 mas chegou com atraso no Brasil somente em 1991. Cher comparece com o cover da banda Nazareth "Love Hurts". Lisa Lisa & The Cult Jam, fora de trilhas desde "Mandala", volta com o hit massivo "Let The Beat Hit'em", produzido pelos produtores Robert Clivillés & David Cole, ambos pertencentes ao C+C Music Factory. Pena que essa ficou sem o final e com um fade loooongo... (35 segundos, se não me engano). Outro que sofreu com um fade out esquisito foi The Silencers e sua "One Inch of Heaven" ( a música vara os 7 minutos, tudo bem, mas poderiam ter cortado mais bonitinho...). um que tem um fade out discreto é o hit "It Ain't Over 'Til It's Over" (Lenny Kravitz), até fácil de engolir.
           Não sei se o inglês da pessoa que digita o nome das músicas na capa é que é sofrível ou a diagramação que é incompetente, mas ainda com problema de grafia aqui: "Wicked Game" (Chris Isaak) virou "Wicked GAMES", no plural. Falando nela...
           O álbum que leva essa música, "Heart Shaped World" foi lançada em 1989. O diretor da rádio americana WAPW (atual WWWQ FM 99.7, de Atlanta), tocou a sua versão instrumental repetidamente por mais de duas semanas - essa versão fazia parte da trilha do filme do diretor David Lynch estrelado por Nicholas Cage e Laura Dern chamado "Wild at Heart" (Coração Selvagem, no Brasil), lançado em 1990. Por conta disso, "Wicked Game" foi lançado como single e alcançou o top 10 americano chegando ao sétimo lugar e vendeu mais de 500.000 cópias só nos Estados Unidos.
           Outra história que merece ser contada é a de Deborah Blando. "Boy (Why You Wanna Make Me Blue)" fez parte do comercial da Coca-Cola para o produto Diet Coke, o que impulsionou as vendas de seu primeiro disco, "A Different Story", no mundo inteiro chegando à marca de dois milhões de cópias. Tudo isso graças à Cyndi Lauper e seu empresário que a levaram para Nova Iorque e, apesar de ser contratada da Sony desde 1989, se lançou internacionalmente em 1991 com grande sucesso.
             Marc Clayton não é brasileiro. Atualmente em conjunto com the Lazy Suns e na época da novela em fase solo, ele lança pela Pie Records - coisa não dita pela Som Livre - a música "Again". E Robert Thames é o Mário Lùcio de Freitas com "Tenderness", música só tocada nos últimos capítulos da novela.

  • FELICIDADE (1992) - MUY BIEN

Faixas: 14 - Músicas inteiras nos dois formatos: 7

           O ano é 1992, o auge da Dance Music no Brasil. Porém, Dance Music e Manoel Carlos na mesma frase fica estranho, não é? Por isso mesmo Sergio Motta achou bem não ousar nesta trilha. Porém, achamos somente traços do estilo com o sucesso do PM Dawn - tá bem, é soul ou R'n'B, como posteriormente foi chamado o estilo proveniente do Charme - "Set Adrift on Memory Bliss", que ainda por cima chegou ao disco com a rotação caída.
           Aproveitando sua passagem pelo Brasil, Gipsy Kings também entrou na trilha com "Caminando por la Calle". Forçaram a barra, a meu ver, pois esta música não foi sucesso aqui. Seguindo a trilha, Kenny G. e sua famosa "Theme from Dying Young", incompleta, do filme "Tudo Por Amor (Dying Young)". Já Jimmy Cliff, de pasagem longa pelo Brasil, grava pela Som Livre o álbum "Break Out" e desse disco sai o hit "Peace", também editada (mas mais longa do que a versão que saiu na coletânea "Disco de Ouro"). Michael Bolton regrava o clássico romântico "When A Man Loves A Woman", Winger vem com a sua "Miles Away" - proveniente do sucesso do comercial dos cigarros Hollywood - Martika grava Prince em "Love... Thy Will Be Done" e aqui vem também incompleta, sem o final chato. Ainda tem Roberta Flack & Maxi Priest (não MAX Priest) com a belíssima e editada "Set The Night to Music" e a grande surpresa na minha opinião é ver B. B. King em plena forma com "Better Not to Look Down" (grafado erroneamente na capa do disco, omitindo o TO do título).
           Uma curiosidade é Tomacdú, projeto do finado Tom Capone, produtor de Maria Rita dentre outros, com "Touch Without Touching", boa música. Pena que a gravação está esfarelada no CD, dando a impressão que o canal direito falha em determinados momentos.
           Curiosidade 2: É o primeiro CD internacional a vir com a contracapa branca e com o som melhoradinho, mas não menos para ouvidos biônicos.

  • PERIGOSAS PERUAS (1992) - ME TOCOU


Faixas: 14 - Músicas inteiras no LP: 7 - Músicas inteiras no CD: todas

           Último CD lançado pelo ebó mal despachado da VAT, é a primeira trilha a vir diferente nos formatos LP e CD desde "Lua Cheia de Amor - nacional" (o internacional já vinha com faixas editadas). 
           Começa com o grande hit "All Together Now" (The Farm), incompleta no LP e completinha no CD. Só não entendi os 5 segundos que separam essa de "Spending My Time" (Roxette), mesmo com 2 anos de atraso só dava ela nas rádios. As mais enxutas, certamente, eram "I'm Too Sexy" (hit massivo do Right Said Fred) e "Get Ready for This" (2 Unlimited, música repetida na coletânea "Let's Dance", do mesmo ano). O disco ainda trazia as baladas "Senza Una Donna" (Zucchero & Paul Young), "Slipping Away" (Information Society), a tristonha "Tears in Heaven" (Eric Clapton), a introspectiva "Hold on My Heart" (Genesis, incompleta no LP) e o megasucesso "Innocence" (Deborah Blando, também editada no LP e com uma pequena falha no início da música no CD). Para dançar há a RnB "Change" (Lisa Stansfield) e a roqueira "Give It Away" (Red Hot Chilli Peppers, grafado errado no LP como Red Hot CHILI PEPPER). Para estragar com o humor de qualquer um, Julio Iglesias com a versão brasileira de "Milonga", "I Just Wanna Have You" (Megabeat - com esse nome o incauto pensa que é um projeto de dance music mas é uma banda de rock) e "Just You and Me" (Gary Thorts, que graças à Deus atenuaram o sofrimento do ouvinte no LP).

  • DESPEDIDA DE SOLTEIRO (1992) - ME TOCOU

Faixas: 14 - Faixas inteiras no LP: 10 - Faixas inteiras no CD: Todas

           Mais uma trilha que tocou meu coração e quase foi a minha primeira trilha comprada em CD - quase porque eu preferi "Red Hot + Dance" na versão importada, lançado pela Globo/Columbia na mesma época, Sony Music no exterior.
           Adquiri a mesma nos três formatos. Já era uma época em que o som dos cassetes já havia voltado ao bom estado, ou seja, valia a pena. A embalagem que protege a fita - não a capa - passou a ser transparente.

           Como se pode reparar, a atenção do diagramador com a capa do cassete foi nula: "Why Should I Love You" virou "Why SOULD I Love You"; "Sweeter Than You" virou "SWEET Than You". Fora os erros que vieram em todos os formatos: Na capa do LP a ordem de "Why Should I Love You" (Des'ree) e "Why" (Annie Lennox) está trocada; "I Like Chopin '91" está com o apóstrofo DEPOIS do número (91'); Curtis Stigers virou Curtis TIGER; Ah! Shakespears Sister NÃO está errado. Senão Siobhan Fahey e Marcela Detroit, as cantoras na época do Shakespears, vêm voando dos Estados Unidos só pra puxarem sua perna. :-)
           Falando dos hits: "Breakaway" (Donna Summer) abre o disco, puxado pelo sucesso do remix de 1992 que infelizmente não se encontra aqui. Porém ficou a versão original de 1989 do álbum "Another Place and Time". Outro que apareceu foi o sumido Lionel Richie com "Do It To Me", retirado como faixa inédita de sua coletânea de sucessos lançado no mesmo ano. A grande novidade da trilha foi a versão de Double you para o clássico de KC & The Sunshine Band "Please Don't Go", que ficou tão grande quanto a sua original. Des'ree antes da fama em "Why Should I Love You", Annie Lennox colocando com álbum "Diva" na praça com grande sucesso e emplacando o hit "Why",
a banda holandesa Ten Sharp e o seu sucesso europeu "You" - foi número 1 na Noruega, Suécia e França; Right Said Fred volta com a ajuda de Jocelyn Brown - não creditada no disco - com "Don't Talk, Just Kiss"; Mr. Big emplaca um hit menor, "Just Take My Heart"; Gazebo volta remixado dentro dos anos 1990 com o grande clássico dance "I Like Chopin", aqui editado em forma de single - a versão completa tem 8:53; Shakespears Sister vem com o número 1 "Stay" e Marcela Detroit ainda em carreira duo; Brigitte Nielsen, ex-senhora Stallone, regrava de forma estilosa a música "My Girl", que virou "My Guy", que conta com o rap de Jesse James - também não creditado na trilha. Curtis Stigers (não é TIGER) contibui com "I Wonder Why", que chegou a ir bem nas paradas americanas, chegando a nº 5 na tabela de músicas adultas contemporâneas da Billboard e 9 na tabela geral. E o disco finaliza com mais uma montagem do DJ Memê com participação do sax de Beto Saroldi em "Italian Mission", contendo alguns samples pontuais como "Keep on Pumpin' It Up" (The Visonmasters and Tony King feat. Kylie Minogue, nada mais nada menos que os trio de ouro da composição inglesa Mike Stock, Matt Aitken e Pete Waterman mais a diva Kylie Minogue).


  • DE CORPO E ALMA (1992) - ME TOCOU

Faixas: 15 - Músicas inteiras no LP: 5 (ou 6, dependendo da versão da faixa 4) - Músicas inteiras no CD: 12 (ou 11, dependendo da versão da faixa 4).

           Trilha famosa, vendeu feito água por causa da morte brutal da atriz Daniela Perez, pois todos queriam ter "Wishing On A Star" (Cover Girls) que sempre será lembrada como o "Tema de Yasmin", personagem de Daniela. Minha primeira trilha em CD, comprada na época da novela, em 1992. Foi o disco de Natal da Som Livre. Na vontade de querer colocar muita música boa, acabou com 15 selecionadas.
           Antes de falar dos hits, as músicas cortadas no LP foram: "The One" (Elton John), "Under the Bridge" (Red Hot Chili Peppers - mas levando-se em consideração a versão single, ela só perde um acorde final de piano, o que leva a entrar também na categoria das inteiras), "Am I The Same Girl?" (Swing Out Sister), "Crucify" (Tori Amos), "Caruso" (Lucio Dalla), "Wishing on a Star" (The Cover Girls, vergonhosamente editada), "Sweet Ragga Music" (Nabby Clifford feat. Alex Lucas & Julio C.), "Hazard" (Richard Marx), "Command" (Traffic Lights) e "Você Tá Muito Boa" (Clericó Con Cola).
           Já as cortadas esquisitamente no CD, porém maiores, são: "The One", "Under The Bridge", "Am I the Same Girl?" e "Hazard".
           Praticamente todas as faixas foram exaustivamente divulgadas, menos, claro, "Command" (Traffic Lights, pseudônimo de Franco Perini) e "Rhythm Is A Dancer" (Snap!) ficou também marcada como a música do Clube das Mulheres da novela.

  • DEUS NOS ACUDA (1992) - MUY BIEN

Faixas: 14 - Músicas completas no LP: 12 - Capas ligeiramente diferentes no dois formatos? Sim.

           Falando em LP, que veio com o poster do Edson Celulari, eis o dito cujo em sua capa de LP:

           Este álbum, apesar de datado de 1992, foi lançado no início de janeiro de 1993 no mercado.
          O álbum começa com o hit de Charles & Eddie lembrando Simply Red em "Would I Lie to You" - está na versão single. Logo depois tem "Mr. Loverman" com Shabba Ranks e Chevelle Franklyn - vocal não-creditado na trilha em sua versão de 5:38. The Cure estava de volta com o álbum "Wish", que gerou o hit "Friday I'm in Love". O ícone do jazz David Sanborn comparece com sua "Bang Bang". Dan Hill e sua "I Fall All Over Again" conquistou fãs não só no Brasil, mas também na Argentina em função da novela.
           Para dar um certo charme e glamour à personagem Baby (Gloria Menezes), foi escolhida a música "I Get A Kick Out of You" (Louis Armstrong e Oscar Peterson Trio). Tem ainda Information Society com a balada "Crybaby" (e não CRY BABY, como está na capa), En Vogue com a dançante "My Lovin' (You're Never Gonna Get It)", Wilson Philips com a poderosa balada "You Won't See Me Cry" (e não "You Won't See Me CRYING", como está na capa). Vanessa Williams canta um cover dos Isley Brothers, "Work to Do", editada no LP, Bobby Brown dava um tempo de espancar Whitney Houston e colocava na praça "Good Enough" e Deborah Blando emplaca  versão single de uma música do Lobão chamada "Decadance Avec Elegance".
           Curiosidade: "Decadance Avec Elegance" foi escalada para a revista de música do CCAA, o CCAA Hit Parade. Na hora em que ela canta "bunda, bunda, bunda..." trocaram por "bondade, bondade, bondade..." na revistinha. É de morrer de rir quando pensam que as pessoas são otárias e não entendem...
           Curiosidade 2: Para compensarem a falta do poster no CD, colocaram a foto de contracapa do LP, sendo que é a primeira tilha sonora de novela oficialmente contendo a foto de contracapa.

  • MULHERES DE AREIA (1993) - ME TOCOU DEEP IN MY HEART


faixas: 15 - Músicas inteiras no LP: 8 - Capas ligeiramente diferentes nos dois formatos? Sim

           Essa trilha foi uma das mais marcantes da década pois tirando as músicas do Franco Perini impostas pelo patrocinador está impecável e repleta de sucessos. 
           A curiosidade da vez é que em cada formato houve uma edição diferente para as músicas que vieram cortadas, como as notórias encurtadas nas músicas de Elton John e Sade no cassete em relação ao LP, em que "Simple Life" acaba quando Elton John termina o refrão e começa o intermezzo (parte instrumental no meio da música) - no LP o intermezzo toca inteiro - e "No Ordinary Love" termina antes da Sade cantar novamente após o intermezzo - no LP ela canta e termina com fade out durante o refrão.
           Sucessos? Muitos! "Easy" (Faith No More), uma regravação dos Commodores, "Sweat (A La La La La Long)" (Inner Circle) trazendo o reggae para as paradas, "Bed of Roses" (Bon Jovi) incompleta no LP, em single version na trilha, "See The Light" (Snap!) como fez sucesso no Brasil - diferente da que fez na Europa, que ganhou nova letra e vocal e foi re-batizada de "Do You See The Light?", "Let it Be Me" sendo modernizada pela clone de Tina Turner - a cantora Ouriel - , "Close Encounters" (Clouseau, e não CLOSEAU conforme a contracapa do CD) comparecendo - detalhe: Clouseau não tinha lançado álbum na época, portanto essa música é single e só tem no álbum da novela; Kenny G. fechando o lado A com "Forever in Love", cujo estranhamento meu foi por deixar a faixa instrumental inteira, coisa que não ocorria na Som Livre.
           "Bad Bad Boyz" (grafado errado como "Bad Bad BOYS"), de Midi, Maxi & Efti (mais um erro: Midi, MAX & Efti no CD) foi um grande sucesso das rádios. "Wild Thing" (Tone Lōc - isso mesmo, tem mácron - o tracinho em cima da letra - no O) veio diretamente de 1988, mas veio a fazer sucesso grande no Brasil em 1992. Elton John contribui com sua "Simple Life", que não foi sucesso mas nem por isso é menos bonita. Double You continuava sua saga de sucesso e trazia o batidão 'Looking At My Girl', com os vocais de Babyroots ("Rock Your Baby", de 'De Corpo e Alma').
           Aproveitando o sucesso do filme "Proposta Indecente" Sade comparece com "No Ordinary Love". Curiosidade: Apesar da música tocar muito no filme, ela não está em sua trilha sonora. E para fechar o mundaréu de sucessos, Maxi Priest (grafado erroneamente como MAX Priest) veio com a versão single de "Groovin' in the Midnight", aproveitando sua participação aqui no Hollywood Rock.
           Só pra salientar: Frank Shadow e Franco Perini são a mesma pessoa. Bagaça total e desnecessária na trilha.
           Outra coisa a se notar: As capas do CD e do LP começam a ter ligeiras diferenças. Começou discretamente com "Deus nos Acuda" e começou a acentuar a partir de "Mulheres de Areia" - reparem que no LP o logo da novela invade o cabelo do Marcos (Guilherme Fontes) enquanto que no CD só dá uma encostadinha; A playlist está mais alta no Cd enquanto que no LP ela começa no colarinho; E Som Livre no LP é branco. No CD é preto.

  • O MAPA DA MINA (1993) - EN PASSANT

Faixas: 14 - Músicas inteiras no LP: 12 - Capa ligeiramente modificada? Não

        "O Mapa da Mina" estava indo muito mal das pernas de audiência. E para piorar, a trilha não ajudou. Não é que a trilha seja ruim, mas tem muito pouca música que atraísse a atenção do público.
           O descaso começa com a produção do CD, que relembra os maus momentos passados pelo ebó da VAT. Isso significa que o som do LP continua melhor. Som biônico, às vezes abafado.
           a-ha (É assim que se escreve: tudo em minúscula) abre o disco com "Dark Is The Night for All" (preguiça do diagramador que cortou o "FOR ALL" do título), sucesso da banda na época. Em seguida, Glen Burtnik (e não BURTINIK), ex-Styx, vem direto de 1986 com sua "Face in the Mirror" graças a um comercial da Gilette, o que deixou a canção bem famosa e acabou parando na novela.
          O sérvio-montenegrino (não sei pra qual dos dois lados do ex-país, agora dois, ele foi) Ivan Kopas, ou Crazy Ivan, contribuiu com a sua releitura dance para "Eine kleine nachtmusik" de Mozart e eis que "Mozart's Revenge" surgiu. Produzida por ele mesmo e com a produção executiva de Stevie B., é um disco que saiu pelo selo Pyrotech Records, distribuído pela Spotlight Records na época.
          O americano naturalizado brasileiro Gordon Grody contribuiu com a faixa "For You". Curiosidade: Ele é um dos compositores do sucesso de Deborah Blando, "Unicamente", presente na trilha sonora de "A Indomada".
           Depeche Mode aparece com uma das boa surpresas com "Walking in My Shoes". James Ingram, distante de trilhas desde 'Brega & Chique', volta com a interessante "Someone Like You". Já Zucchero vem com a boa surpresa "Come Back The Sun". Air Supply vem com o hit da novela, "Goodbye", um baladão muito executado nas rádios.
           O que não deu pra mim foi aturar esse festival de bandas e cantores brasileiros no disco. Joguem Robertinho de Recife e Oséas na fogueira, pelo amor de Deus! E levem Eddy Benedict junto! Seis músicas desse pessoal eu não aguento... Demais pra beauty que já me é escassa...

  • OLHO NO OLHO (1993) - MUY BIEN

Faixas: 14 - Músicas inteiras no LP: 10 - Músicas inteiras no CD: 11 - Capa transgênica? Não

           "Olho no Olho" foi uma daquelas novelas em que se dependessem dos protagonistas, esquece. A ideia nem foi muito comprada, na época. É um misto de religiosidade com X-Men, não sei... Enfim, coisas do Antonio Calmon.
           O disco foi puxado por "What's Up" (4 Non Blondes), a versão single de "Boom Shack-A-Lak" (Apache Indian), "Informer" (Snow), "Step It Up" (Stereo MC's), "Regret" (New Order) - aliás, me desculpem quem tá acostumado com o final encurtado. Me acostumei ao ouvir o final com a fermata longa, e não curtinha com fade out. então a considero editada no final -, "Are You Ready to Fly" (Rozalla, editada nos dois formatos) e "Cose Della Vita" (Eros Ramazzotti). Ainda temos "Merry-go-Round" (Deborah Blando), "How You Gonna See Me Now" (da banda brasileira Easy Rider), uma regravação da original de Alice Cooper, a divertida "Ça C'est Paris" (Gilbert) e a balada "A Million Love Songs" (Take That). As bagaças brazucas "Vas-y Vas-y" (Isabelle Camille) e "To Be With You" (MC RNT) não são chatas e serviram bem à novela.
          O CD mudou de cor: Agora com a Videolar assinando a fabricação - na prática ainda era a Sonopress-Rimo da Amazônia - o CD passa a ter coloração azul.

  • SONHO MEU (1993) - ME TOCOU DEEP IN MY HEART

Faixas: 14 - Músicas inteiras no LP: 2 - Capa transgênica? Sutilmente sim.

           Era esperada como a trilha do Natal de 1993, mas foi lançado mesmo só em janeiro de 1994.
           Hoje em dia, por conter muita dance music da época, é considerada uma trilha gay. Afinal de contas, já viram a versão bate-cabelo de 'Mr. Vain' (Culture Beat) colocada no disco? Aquilo é para tocar em boite. E as bibas da época ficavam loucas todas querendo dar pinta...
           Enfim, rótulos à parte, é uma trilha boa pra cacete: "What Is Love" (Haddaway) e "Under The Sun" (Scorpions) foram editadas tão bonitinhas na trilha que parece até uma versão alternativa single das canções. "Right Here", do trio Sisters with Voices (daí a sigla SWV), sampleiam "Human Nature" do Michael Jackson e criam esta que foi tema do filme "Free Willy", remixado pelo mago Todd Terry. Aqui veio na versão estendida mas com fade out no final. Outro grande hit dance da época foi "Show Me Love" (Robin S.), dentro do estilo de instrumentação com o vibrafone eletrônico feito por um teclado, estilo este que perdurou até pelo menos 1997.
           Ainda dentro da linha dance, mas infelizmente cortadas no LP, "More and More" (Captain Hollywood Project) e "House of Love" (da drag queen RuPaul). As baladonas "Cryin'" (Aerosmith), "For Whom The Bell Tolls" (Bee Gees), a música do comercial da Fiat "Felicità" (Lucio Dalla) e "Wild World" (Mr. Big) vieram sem seus finais também.
          A única que estragou com o disco foi "Don't Say Goodbye" (Oséas). O cara até pode cantar muito, mas o falsetto dele é insuportável nessa faixa.

  • A VIAGEM (1994) - ME TOCOU


Faixas: 14 - Músicas inteiras no LP: Todas (fabricação Sony), 8 (fabricação BMG) - Capa transgênica? Sim - Fabricante alternativo? Sim (Sony Music)

           Oi, gente. Creio que "A Viagem" foi a que mais teve tiragem com diferenças na década de 1990. Em LP saiu 4 vezes: Duas tiragens pela BMG - uma com muito erro de grafia e outra com menos erros, mas ambas com 6 faixas editadas - e duas pela Sony Music - uma com o S de Som Livre ao contrário tipo efeito espelho e outra tiragem com o S na direção certa. Porém as duas vieram como o CD, com as faixas inteiras. Em CD, foi de fato o primeiro a sair pela Videolar da Amazônia apesar de outros só ensaiarem que sim, mas na verdade ainda saíram pela Sonopress-Rimo.
           Ainda o CD foi relançado em 2006 durante a sua reprise em "Vale A Pena Ver de Novo", com design  modernizado e com o nome das músicas corretas - exceto pela insistência em deixar a da Toni Braxton no plural. O correto é "Another Sad Love Song" e não "Another Sad Love SONGS".
           O álbum abre com "I'm Your Puppet", regravação de Elton John para uma música sua, agora fazendo dueto com Paul Young. The Cranberries vem com o sucesso radiofônico "Linger". Logo em seguida Pretenders segue com o grande sucesso "I'll Stand by You". Chaka Demus & Pliers canta sua versão do eterno sucesso na voz dos Beatles "Twist and Shout", trazendo hit para o mundo dancehall. A banda Little Texas canta o tema romântico "My Love". Toni Braxton segue a linha RnB e canta o sucesso "Another Sad Love Song". Twenty Seven Heavens, do músico americano Peter Valentine, vem com "The Way I Feel" (nas primeiras tiragens veio escrito "The Way I FELL").
            "Crazy" (Julio Iglesias), música de Willie Nelson cuja versão de Patsy Cline foi a mais conhecida, deu o tom de requinte do disco e é até hoje associada com a novela. Outra regravação foi a de Art Garfunkel para o clássico dos Dire Straits, "Why Worry". "I Miss You" (Haddaway), aqui no seu formato original, que é uma balada, ficou mais famosa pelo Club Mix tocado exaustivamente nas rádios. Na Europa a versão balada foi reformulada e então tocada nas rádios de lá.
           Tevin Campbell e sua RnB "Can We Talk" foi um grande sucesso radiofônico. Porém, alguns anos depois, ele foi preso pela polícia em uma blitz em um local de pegação e com um pouco de maconha. Outro grande sucesso aqui no Brasil foi o freestyle (já que o funk como a gente conhecia se transformou nessa porcaria que está hoje em dia) "Paradise" (Korell).
           Marta Sanchez (e não MARIA Sanchez) e Paulo Ricardo apareceram com "Desperate Lovers". Porém, a versão que fez sucesso foi a remixada por Eric Kupper e com o vocal de Marta Sanchez solo. E, para terminar, diretamente de 1988, B.V.S.M.P. foi resgatado com "I Need You", um trio que fora produzido por ninguém menos que Stevie B., o papa do funk old school ("velha guarda", em inglês).

  • TROPICALIENTE (1994) - ME TOCOU
    Capa do LP
Capa do CD
Capa do K7
Faixas: 14 (LP), 16 (K7 e CD) - Músicas inteiras no LP: Todas as 14 - Capas transgênicas? Sim, nos três formatos - Fabricante alternativo? Sim (Sony Music)

           A partir de "Tropicaliente - internacional" a Som Livre resolve dar uma repaginada no visual dos seus produtos: Apesar do S azul infinto continuar reinando absoluto nos LP's, As capas das fitas cassete perdem a habitual tarja na parte inferior da capa com a playlist e os CD ganhou faixa bônus, além do que o CD em si vem com a impressão do disco mais atraente, toda em azul, abandonando o antigo formato de metade em preto, a outra em prateado (respectivamente formando as letras C e D no disco).
           E depois de descobrir que o Caribe é aqui, a trilha da novela é basicamente em espanhol. Por que isso? Foi o ano do boom dos cursos de espanhol no Brasil. Mercosul em alta e aproveitando esse filão com a falta de músicas em espanhol - Como se aprende uma língua mais facilmente? Com música, ué! - este álbum veio fazer esta função. Misturando músicas atuais com alguns standards da música latina, o álbum ficou muito agradável.
           Foi a única trilha que descaradamente possuiu 2 faixas-bônus e a segunda a ter sua ordem alterada no CD - O primeiro foi o CD d'"O Mapa da Mina - nacional". De bônus no CD vieram "Años" (Pablo Milanés & Mercedes Sosa) e "El Reloj" (Francisco Xavier). Com isso, "Oye Como Va" (Santana), faixa 3 do lado B passa a frente de "Cuando Calienta el Sol" (Trini Lopez), faixa 4 do lado B e "Nosotros" (Eydie Gorme & Trio Los Panchos), faixa 5 do lado B.
            Outra observação: O cantor Cubano Pablo Milanés lançou um LP duplo em 1985 chamado "Querido Pablo" pela BMG Ariola (atualmente Sony Music) com duetos com artistas latino-americanos, como Chico Buarque, Merces Sosa, Ana Belen, Silvio Rodriguez entre outros. E deste disco vieram as faixas "Años" (dueto com Mercedes Sosa), "Quien Me Tienda Una Mano Al Pasar" (erroneamente chamada de "Quien Me Tienda La Mano"), "De Que Callada Manera (Canción)" (dueto con Ana Belen) e "Canción Por La Unidad Latinoamericana" (erroneamente chamada de "Canción Unidad"), todos são clássicos cubanos e na América Latina como um todo, inclusive muito cantados por nossos artistas brasileiros, como Chico, Milton, dentre outros.
           Destaca-se ainda: "Conga" (Miami Sound Machine, erradamente atribuída somente à Gloria Estefan, cantora do grupo), "Piel Canela" (Linda Ronstadt, cujo álbum "Boleros Y Rancheras" foi o último a sair pelo selo Soma, da Som Livre, mesmo os fonogramas pertencendo à Warner Music), "La Magia del Ritmo (The Rhythm Is Magic)" (Marie Claire D'Ubaldo), "Oye Como Va" (Santana) e o grande hit do disco, "El Día Que Me Quieras" (Luis Miguel, grafado erroneamente como LUIZ Miguel).

  • PÁTRIA MINHA (1994) - MUY BIEN

Faixas: 14 - Trilha com faixas completas - Capa transgênica? Sim - Fabricante alternativo? Sim (Sony Music)

           Dependendo do estado, é mais fácil achar o LP de um fabricante ou de outro: Aqui no Rio de Janeiro reinou a tiragem da Sony Music, apesar de que é possível achar a tiragem da BMG.
           O disco abre com o grande sucesso de Eric Carmen regravado por Sheryl Crow: "All By Myself". Em seguida, Double You chega mais com o seu hit "She's Beautiful". Seguindo a trilha, Boyz II Men vem com "I'll Make Love II You", um baladão que estourou nas rádios na época. Para contrabalançar tanta balada, Inner Circle chega com um clássico que a banda regravou: "Games People Play". em seguida, Enigma comparece com "Return to Innocence", retirada do álbum "Cross of Changes", do mesmo ano - Esta música também fez parte da trilha sonora de outra novela, só que da Manchete: "74.5 - Uma Onda No Ar" na mesma época.
           DJ Bobo abre o lado B com a versão do álbum de seu hit "Everybody". Crash Test Dummies segue com a canção "Mmm Mmm Mmm Mmm', cuja letra é bem bobinha. La Bouche comparece com o seu maior hit no Brasil, "Sweet Dreams", um dance pra lá de pulsante. Renato Russo, na onda do primeiro álbum solo, manda "Send In The Clowns", uma regravação intimista do clássico de Stephen Sondhein. Riccardo Cocciante, há anos fora das trilhas de novelas - se não me engano desde "Partido Alto" - contribui com a bonita "Per Lei". West End Girls - uma clara homenagem aos Pet Shop Boys - comanda os vocais de "State of the Heart" (e não "State of TO Heart"). E Peter Valentine fecha o disco com a linda "Under The Illusion". Cantor independente, sem distribuição da faixa aqui no Brasil, acabou sendo licenciada pela Som Livre.
           O disco só pecou pela versão ao vivo de "Ne Me Quitte Pas", música de Jacques Brel magistralmente interpretado por Maysa e não muito bem-vinda na versão de Ângela Rô Rô. Em virtude da baixa vendagem do disco, resolveram incluir na trilha pra ver se alavancava as vendas do CD dela. Mas acho que ninguém gostou, pois nem tocou na novela...

  • QUATRO POR QUATRO (1995) - ME TOCOU




Faixas: 14 - Músicas completas no LP: 7 - Capa transgênica? Sim - Fabricante alternativo? Não (até a data de fechamento, não tive notícia...)

           Uma trilha recheada de sucessos: Bon Jovi ("Always"), 20 Fingers feat. Gillette ("Short Dick Man"), N-Phase (regravando "Kiss and Say Goodbye"), Ice MC ("It's A Rainy Day"), Bill Power (regravando All-4-One em versão dance em "I Swear"), Wet Wet Wet (com "Goodight Girl"), Double You ("What Did You Do"), C + C Music Factory (fazendo uma bobaginha gostosa em "Take A Toke"), Gloria Estefan (regravando Carl Carlton em "Everlasting Love"), Gordon Lightfoot e Smith (ressuscitados em "Sundown" e "Baby It's You", respectivamente) e Masterboy (com a versão single de "Is This The Love'). Pena que "Drop on By" (Peter Valentine bem estranho, acho que não é ele) e "Gimme Gimme Gimme Your Love" (Cameleon imitando Styx) estragam o disco.

  • A PRÓXIMA VÍTIMA (1995) - ME TOCOU

Faixas: 14 - Músicas inteiras no LP: 11 - Capa transgênica? Sim - Fabricante alternativo? Não

           Uma trilha deliciosa, sem bagaças ou "fillers" (enchedores de linguiça). Uma trilha até bem generosa, especialmente do lado A em que nenhuma faixa foi editada.
           Pintou uma dúvida: "Holding on to You" (Terence Trent D'Arby) no CD da novela tem 5:39. Só que no site Discogs (http://www.discogs.com/Terence-Trent-DArby-Terence-Trent-DArbys-Vibrator/master/104430) diz que a música tem a duração de 5:58. Já no Wikipedia (http://en.wikipedia.org/wiki/Vibrator_(album)) diz que a música tem 5:44. Em quem acreditar? realmente não sei... Conflitante...
           Dúvidas à parte, falemos das músicas: "No More 'I Love You's'" (Annie Lennox) foi um dos grandes hits do disco. É uma regravação da banda The Lover Speaks originalmente lançada em 1986. Também lado da dance music La Bouche arrasa com "Be My Lover" e Double You comparece regravado KC & The Sunshine Band com sua releitura para "That's The Way (I Like It)", considerada, na minha opinião, muito boa - apesar da original ser imbatível.
           Cover? Temos mais: Frente! (com exclamação, mesmo) toca sua versão intimista para "Bizarre Love Triangle", originalmente gravada por New Order; Flava to da Bone faz de Bee Gees e sua "More Than A Woman" um gostoso dancehall; e Bobby Ross Avila, dono do hit "What's Up (Que Pasa?)" volta regravando Al Green em "Let's Stay Together".
           Também temos gravações originais: Diretamente de 1973 Jim Croce veio com o seu último single em vida: "I Got A Name" foi lançado um dia após sua morte em um acidente de avião em Louisiana, Estados Unidos. Essa música foi tema de vários filmes, incluindo o filme "Django" com Jamie Foxx.
           E além de tudo, muitos hits, hits, hits: "Black Roses", um reggae lentinho com Inner Circle, abre o disco. "I Live My Life for Love" com a banda de glam rock FireHouse (assim mesmo: tudo junto e com as letras maiúsculas); "Around the World" (East 17) tocava bem nas rádios da época; Outra que mandou bem foi o duo Scarlet com a belíssima "Independent Love Song" - na época composto por Cheryl Parker nos vocais e Jo Youle no piano. Martine vem representando a dance music com "Tough Girl" e o marroquino Alexis de San Nicolas (omitiram o "DE" dos créditos) contribuiu com a dance "Fotonovela", do disco "Libertino" lançado na Suíça pela DNS Productions. Portanto, minha gente, não é brazuca e nem bagaça. E ainda sampleia "Change" dos Tears for Fears. :-)

  • HISTÓRIA DE AMOR (1995) - ME TOCOU
LP

CD
K7
Faixas: 14 - Músicas inteiras no LP: 11 - Capa transgênica? Sim

           O disco abre com "You Gotta Be" (Des'ree), sucesso do álbum "I Ain't Movin'", de 1994. O curioso é que a versão que virou sucesso é um remix que se chama "Love Will Save The Day Mix".
           "Run Baby Run" (Sheryl Crow) aparece na single version no LP e na versão do álbum no CD. A gravadora já havia feito o mesmo com a trilha nacional, em que a música da banda Veneza vinha em versão do rádio no CD e versão do álbum no LP. Voltando à música da Sheryl, é só o final que é encurtado...
           La Bouche volta com "Fallin' in Love", diferente do estilo atual na época que era a dance music e vem mais lentinha, gostosinha, com este hit. Quanto à australiana Tina Arena, marca seu único pontinho em novelas com a música "Chains", do seu terceiro álbum "Don't Ask".
           E quem disse que cantor da antiga não contribui com coisa boa? 10 CC e Van Halen estão de volta com duas boas músicas: "Ready to Go Home" e ""Can't Stop Loving You", respectivamente. para quem estava com saudades...
           Outra que regravou uma standard e se deu bem foi Gloria Estefan, com sua "It's Too Late", clássico de Carole King. E no mesmo caminho veio a banda Faith No More regravando Bee Gees em "I Started A Joke" - eu tenho, pra mim, que isso foi regravado na zoeira, haja vista que não é em nada o estilo da banda, que é de hard rock.
           The Beautiful South, um spin-off da extinta banda The Housemartins (a da "Melô do Papel", pra quem tem mais de 30 anos - se não ajudou, é tema da novela "Bebê À Bordo") regrava um clássico de The Mamas & The Papas: "Dream a Little Dream", lançado somente em CD single e estava bem fresquinha quando entrou na novela, estando somente no CD da mesma.
           Hootie & The Blowfish (e não HOOTIES & The Blowfish) é uma banda americana da Carolina do Sul que contribuiu com a música "Hold My Hand", sendo o disco da época número 1 no Canadá e Nova Zelândia e esta música chegando ao número 10 na Billboard na tabela geral, número 6 na tabela de músicas contemporâneas adultas e número 4 na tabela de rock mainstream.
           Sect é um projeto brasileiro que envolveu, dentre outros, o DJ e produtor Sandro Tausz e daí saiu o sucesso radiofônico "Follow You", um pop reggae (ritmo mais rápido que o reggae em sua forma natural). Vindo por uma gravadora menor e distribuído aqui pela gravadora Eldorado, Malcolm McLaren (grafado erroneamente no LP como "MALCOLN McLaren" e no CD na contracapa como MALCON McLaren) em conjunto com a atriz Catherine Deneuve - não creditada no disco - trazem a sexy "Paris Lutece Paname", do disco duplo no exterior mas separado aqui no Brasil "Paris". Este álbum vendeu bem na Polônia levando assim o disco de ouro. No Brasil aparece no álbum "The Largest Movie House in Paris - Paris 2". E pra fechar a country "The Place I Belong", do brasileiro Martin Axell (agora com dois L's), dispensável.

  • CARA E COROA (1995) - MUY BIEN
CD

LP

K7
Faixas: 14 - Faixas inteiras no LP: 10 - Capa transgênica? Sim

          Foi a trilha de Natal da Som Livre de 1995. E a contracapa passou a ter a mesma foto do disco e uma foto extra no inlay.
          "Save Me Now" (Andru Donalds), "Beautiful" (Marillion - editada) e "Over My Shoulder" (Mike + the Mechanics) foram os hits do disco, pontuado pela versão de Renato Russo para a música de Laura Pausini "La Solitudine", vindo do seu projeto "Equilibrio Distante". Ainda conta com "I Could Fall in Love" (Selena). A cantora estava recém-assassinada e ninguém sabia quem ela era no Brasil até este assassinato. Tem ainda cantores da antiga como Peter Cetera, ex-Chicago, Jim Croce e Michael Bolton. Whigfield fora do seu lugar comum cantando música lenta em "Close to You", Richy e Polo com seus sucessos da dance music "Set Me Free" e "I Want You", respectivamente e Morten Harket (e não MORTEEN HARKET), ex-a-ha, comparece com "A Kind of Christmas Card", presente pela época de Natal.
           Agora, dizer que Wet Wet Wet com "Julia Says" foi sucesso no Brasil? Cadê o Vincent Price com a risada maníaca do "Thriller" do Michael Jackson para rir pra mim? Hahahahahahahahaha, HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA, H A H A H A H A H A H A H A H A (e cai em um eco profundo...).

  • EXPLODE CORAÇÃO (1996) - MUY BIEN
CD
K7

LP

Faixas: 14 - Músicas completas no LP: 10 - Músicas cortadas no CD: 1 - Capa transgênica? Sim

          Gloria Perez anda ressuscitando muitas histórias a la capa-e-espada, mas com uma pitada de brasilidade, o que pouco lembra uma outra Glória, a Magadan, dos anos 60 quando suas histórias eram completamente capa-e-espada. Desta vez ela resolve falar do amor entre a Cigana Dara (Tereza Seiblitz) e Julio Falcão (Edson Celulari), incluindo o chat pela internet - na época pouco difundida e pouca gente tinha -, por onde os dois se conhecem, e atrapalhados pela tradição cigana e o robótico cigano Igor (Ricado Macchi), ainda tendo a trama incrementada com criança desaparecida e Sarita (Floriano Peixoto), a transformista-drag queen-travesti, saiu este disco.
           É o segundo disco da era Talismã da gravadora. O primeiro foi a trilha complementar "Coração Cigano" e o último a sair pela BMG foi a trilha nacional da mesma novela. Isso ocorreu pelo fato de a BMG e outras gravadoras fecharem suas fábricas de Lp's, ficando assim a Talismã reinando absoluta.
           Vamos aos hits: "Back for Good" (Take That) abriu o disco. Big Mountain, da mesma tribo de reggae do Inner Circle, regrava The Youngbloods em "Get Together". A música do disco foi a breguíssima "Estoy Enamorado" (Donato & Estefano), que ganhou uma versão mais brega ainda em português na voz do Daniel - como alguém consegue estragar mais ainda algo que já nasceu estragado?
           Ressuscitam Santa Esmeralda de "O Astro" (1977) e colocam em versão editada nos dois formatos "Don't Let Me Be Misunderstood". Collective Soul apresenta seu rock chamado "December" e Michael Learns to Rock vem com sua balada rock "That's Why (You Go Away)". E fechando o lado A, Gipsy Kings canta "La Rumba de Nicolas".
           Sempre brega, Julio Iglesias abre o lado B com "Sin Excusas Ni Rodeos" - tá certo, não é insuportável, claro, mas é bom para não prestar atenção. Boyzone regrava Cat Stevens e saiu "Father and Son". Venus - a pior regravação de uma canção de Laura Pausini - coloca sua versão dance para "Se Fué (Non C'è)" na novela. Ainda na linha espanhola do disco, Los Del Rio põe o massivo hit "Macarena" - quem nunca tentou dançar isso que atire a primeira pedra. Tocou demais nas festas e ainda toca. Curiosmente Carlos Oliva y Los Sobrinos, que também gravaram "Macarena" na mesma época e que fizeram também sucesso com a sua versão, manda a rumba "Por Tu Amor".
           Um momento de luto e pausa pra vômito ficou por conta de Cannibals, bagaça brazuca que gravou um ebó mal-despachado chamado "Gipsy Woman" - nada a ver com o hit da Crystal Waters.
           O italiano Antonello Venditti fecha o álbum com a balada "Ogni Volta" - com um gostinho de quero mais no LP.

  • QUEM É VOCÊ (1996) - ME TOCOU
CD
LP

K7
Faixas: 14 - Músicas completas nos dois formatos: Todas - Capa trasngênica? Sim

           Um belo disco para uma novela tão caidinha... Não deu para o Lauro Cezar Muniz.
           Começa com o remix de Todd Terry para "Missing" (Everything But The Girl), um sucesso das pistas da dupla Tracey Thorn e Ben Watt. A loirinha Joan Osborne contribuiu com a versão single de "One of Us", balada de grande sucesso. O projeto espanhol Elbosco (grafado erronemanete separadocomo "EL BOSCO") contribui com o sucesso saído do forno na época "Nirvana". Outro sucesso radiofônico foi "Lucky Love" (Ace of Base), "Anywhere Is" (Enya) - aliás, o que é o que é aqui sinal matemático de Pi na capa do CD? (TT).
           O lado B abre com "Because You Loved Me" (Céline Dion), um baladão daqueles. Em seguida a cantora JK continua com sua disco dance "On The Radio". Mary J. Blige continua com sua regravação de Carole King para "(You Make Me Feel Like A) Natural Woman". Cláudia Diniz, ou Claudja, comparece com a versão renovada de sua música "Brand New Day", composta pelo "Mr. Jam" Fábio Almeida; Melissa Etheridge vem com o rock "I Want to Come Over"; Scorpions ajuda com sua balada rock "You and I" na versão 'Special Single Mix'. E me recuso a comentar a versão bagaceira para o samba do Martinho da Vila "Mulheres", que virou "Mujeres", estragado por Alessandro (Flores).

  • VIRA-LATA (1996) - ME TOCOU
CD
LP

K7
Faixas: 14 - Músicas inteiras no LP: 10 - Capa transgênica? Sim

           Mais uma novela peluda e pelada do Carlos Lombardi que perdeu o foco e que não deu certo. Então, para compensar, veio um disco daqueles danado de bom. Já que não lembra pelo enredo, ao menos que fique pelas músicas...
           Oasis inicia a saga de sucessos com "Wonderwall". Lodo depois vem Take That regravando Bee Gees em "How Deep Is Your Love". Ambra continua a saga com a belíssima "Lunes Martes". Double You continua a linha romântica com "Gonna Be My Baby". A americana Monica vem com o hoje sucesso radiofônico do movimento Charme "Before You Walk Out of My Life". Randy Bush regravando Tina Charles em "I Love to Love" e Culture Beat retornando com a dance arretado "Crying in the Rain".
           Gianluca Griganani vem com a sua italiana "La Storia Tra Le Dita", magistralmente estragada na versão em português nas vozes de José Augusto e depois com Ana Carolina - que acabou de pisar na música.
           Caso curioso é com a versão dance de "The Lion Sleeps Tonight" (Ally & Jo). A sua autoria e seus créditos renderam processos e tudo o mais. Primeiramente um sucesso na voz do conjunto The Tokens em 1961, foi primeiramente gravada em 1939 por Solomon Linda and The Evening Birds como "Mbube" (leão, na língua zulu). Solomon Linda é o autor da canção, não-creditado no disco. Em seu lugar veio P. Camobell, mas como é erro da finada gravadora Paradoxx, tudo é possível, né...
          Yma Sumac, a eterna superdiva, a eternizou como "Wimoweh" em 1957. Aí veio o grupo Tight Fit em 1985 e regravou a versão dos The Tokens, que foi um grande hit radiofônico. Em 1994 foi usada como música na trilha sonora do filme da Disney "O Rei Leão". Enfim, brigas na justiça à parte, a música ganhou parceria na composição: Além de Linda, ainda estão como compositores oficiais: Albert Stanton, Luigi Creatore, Hugo Peretti e George David Weiss.
           Cranberries retorna às trilhas com a rápida "Salvation"; e Masterboy e Blackwood contribuem com duas dance: "Land of Dreaming" (estilo ragga) e Ride on the Rhythm".

  • ANJO DE MIM (1996) - ME TOCOU
CD

K7

LP

Faixas: 14 - Faixas completas no LP: 8 - Capa transgênica? Sim

           Última trilha internacional da Som Livre lançada em LP. A gravadora realmente fechou as portas do LP com a trilha nacional volume 1 da novela "A Indomada", em 1997. 
           Querendo forçar o consumidor a comprar a mídia em CD, Som Livre fez como todo fabricante que quer empurrar um produto ao consumidor: Estraga o som de um formato em favor do outro. O mesmo aconteceu com o DVD em relação ao VHS, depois com o Blu-Ray em relação ao DVD - mas como o bolso falou mais alto, viram que foi um tiro no pé fazer isso. De fato, tirar o LP foi outro tiro no pé, pois desde 2009 o mercado dos vinis - agora assim chamados - só cresce a olhos vistos. Para quem quer uma experiência tátil e musicalmente mais agradável, o LP ainda é uma ótima solução. Quem quer o som metalizado, chapado e estourado, podem ficar com o MP3's e os MP4's da vida.
           Outro fracasso do horário das 18 horas, desta vez comandado por Walter Negrão. Pelo menos rendeu uma ótima trilha.
          No Mercy, sucesso radiofônico da época, deixou sua dance "Where Do You Go". Enrique Iglesias, filho do Julio Iglesias, deixou a cafona e odiosa "Experiencia Religiosa" - vomitei! - e graças à Deus ninguém lembra mais disso ou toca mais no rádio. Ele melhorou com o tempo e foi pra luz!
           Max-A-Million faz uma versão bacana de "Sexual Healing", clássico de Marvin Gaye, e ainda põe um rap estilo dancehall  no meio. Inner Circle volta com "Da Bomb" e seu pop reggae pra fazer dançar. Só não entendi que como a música é curta ela veio cortada no LP... O mesmo aconteceu com "Children" (Robert Miles) e cortada bruscamente no final por 30 segundos - detalhe: Já era a single version.
           Alanis Morissette - e não MORISETTE, como está na capa - aparece com o seu misto de rock e dance "You Learn". Boyzone regravando Bee Gees em "Words" - essa estragada pelo Chitãozinho e Xororó no passado - , Toni Braxton  - e não TONY, gente! É mulher: Não é homem! - pré-"Un-Break my Heart" com "You're Makin' Me High", um RnB muito do sensual; Soraya e a balada fofa "Suddenly"; a inglesa Kelly Llorenna contribui com sua dance "Brighter Day". Para quem não sabe, ela participou do conjunto N-Trance, os que fizeram a versão dance de "Stayin' Alive" dos Bee Gees em 1995 e que contou com o rap de Ricardo da Force, ex-The KLF e que parou no álbum da Som Livre "Disco 96".
           Carol Bailey fez muito sucesso em 1995 com o dance "I Can't Make You Love Me", tocado muito na época Eurodance da Jovem Pan. A versão single só tem na trilha da novela. Já a estendida tem no álbum "Só As Melhores da Pan vol. 2" da Paradoxx.
           O disco ainda conta com Tony Rich Project, Simply Smooth e Mafalda Minozzi. Um disco muito agradável.

  • SALSA E MERENGUE (1996) e BAILANDO SALSA MERENGUE (1996) - MUY BIEN


          Foi quando a colombiana Shakira estava fazendo sucesso em espanhol e o DJ Memê deu um empurrãozão para o abismo do sucesso mundial remixando "Estoy Aqui" e a que abre a trilha, "Dónde Estás Corazón (Remix Single)". Aí, ela não parou mais, para a nossa felicidade.
            Azúcar Moreno vem com "Sólo Se Vive Una Vez" - por favor, no espanhol também se usa acento. Respeitem todos eles - estragado pelo grupo Banana Split em português.
           Michael Jackson faz dueto com os seus sobrinhos do 3T e grava o grande sucesso "Why" - um jeito torto de ter Michael numa trilha novamente, já que ele cobrava caríssimo para liberar um fonograma dele, assim como Madonna. 
           Pato Banton regrava um clássico dos anos 60 de Young Rascals e faz um tremendo sucesso com "Groovin'". "Dame" traz um Luis Miguel totalmente diferente do seu estilo de boleros e canta uma faixa dançante e moderna, muito da gostosa.
           Como disco é direcionado para o lado da salsa e do merengue, "Moliendo Café/Tequila" com uma mistura moderna de música latina e dance bem divertida. E Chayanne vem com a balada lentinha "Solamente Tu Amor".
           Abrindo o lado B do cassete, Laura Pausini começa com a balada "Incancelabille", sucesso nas rádios bregas do país como a "Breguenta e Oito FM" (zoeira com a 98.1 FM do Rio de Janeiro). e Julio Iglesias começa com a terrível saga de repetições de "El Día Que Me Quieras" - seja em português ou espanhol - aqui. O asis, no alto do pedestal de se sentir maior do que os Beatles - eu ouvi uma plateia inteira gargalhando de passar mal? - comparece com o seu sucesso "Don't Look Back in Anger", uma balada-rock. Eros Ramazzotti comparece com a chata "L'Aurora" - desculpem, odeio cantores italianos com voz rouca -, Rosana Ardelo, ou simplesmente Rosana, comparece com "Se Tu No Estás", o canadense Bryan Adams dá o ar da graça depois de anos com a balada açucarada "I'll Always Be Right There" e para completar a cantora Gottsha, disfarçada de Tita, juntou-se com Nino Carlo e gravou a dance "Come to Me", meio que imitando o estilo da cantora Jocelyn Enriquez, só que de um jeito bem pioradinho.

           Falando da trilha complementar, "Bailando Salsa e Merengue", Mestizzo volta  com a dance "El Tongoneo". Ednita Nazario incrivelmente comparece com o mesmo timbre vocal de Gloria Estefan e canta a salsa moderna "Tres Deseos". Já na linha mais tradicional, Rio Salsa comparece com "Mezcla" - repetida anos depois na trilha complementar de "Caminho das Índias".
           Outra bem repetida também foi a regravação de Caetano Veloso para "Capullito de Alelí" (ou Alhelí): Apareceu em "Fascinação", do SBT, e em "Kubanacan", em 2005. Pablo Herrera regrava "Piel Canela", já regravada por Linda Ronstadt em "Tropicaliente". Aliás...
           Aconteceu de na contracapa vir com a ordem errada das músicas: "Piel Canela" (Pablo Herrera), na verdade, é faixa 6 e "Lá Vai A Loura (La Bailadora)" (Xuxa) é faixa 9 - diga-se, de passagem, som horroroso na masterização.
           "Vámonos de Fiesta" é outra gostosa do grupo brasileiro Heartbreakers. Ainda na onda de salsas incríveis tem "El Volcano del Caribe" (Chucho Valdez y Irakere). E encerra o lado internacional com o tema de abertura da novela, a versão Salsa e Merengue para "Maria".

  • O AMOR ESTÁ NO AR (1997) - EN PASSANT

           Bem, amor inter-etário, ET's e aviação? Não colou muito nessa novela do Alcides Nogueira. Fora a péssima atuação de ET do Eriberto Leão e os defeitos especiais - uma empada parada na cena atuaria muito melhor - e uma imatura Natália Lage no papel de protagonista.
           Também foi o começo da era das contracapas verticais na gravadora.
           Eu juro que eu tento aturar cantores italianos, mas não dá pra mim. Laura Pausini, Zucchero, Eros Ramazzotti vai tudo pro meu lixo pessoal. Quando não rola a habitual rouquidão, rola o grito insuportável das vogais arreganhadas - nem abertas - que eles pronunciam. Eu sempre pulo a faixa 1, concluindo aqui.
           Como eu não vou lembrar mesmo de "The Same Moon" (Phil Collins), só salientando: Por que, meu Deus, cortar 6 segundos do final da música?????????
           O grupo AZ Yet regrava o clássico do Chicago com a participação de Peter Cetera: "Hard to Say I'm Sorry" e remixado por David Foster. Para quem gostou, parabéns. Achei que colocar em estilo Black Music aqui não coube. E para completar, ainda tem a farofa do Rich B com a dance "Soy Loco por Ti". Pausa pra vômito.
             Agora, sim, a trilha começa pra mim: Luciano Delluci incorpora Kenny G. e grava a linda "From The Deep of My Heart". Silent, bagaça brazuca, conseguiu me fazer sorrir com a balada "Bitter Tear". Eu suspeito que essa voz é do Fábio Almeida... Só suspeito. :-)
           "A Little Bit of Ecstasy" (Jocelyn Enriquez) foi um sucesso dance radiofônico, colocado em advento da presença da cantora no Brasil. O legal mesmo é conseguir maxi-single com os remixes: Um melhor do que o outro.
           "Please Don't Go" (No Mercy) foi outro sucesso radiofônico da banda, mas não tão grande quanto "Where Do You Go". Mesmo assim, é bem legal.
           Quando eu penso que está tudo bem, veio a banda The Braids estragar "Bohemina Rhapsody" (Queen) com a sua interpretação no estilo "fui soltar um peido e já volto. Me empresta o papel higiênico que eu acho que eu vou me borrar todo?" É, tipo isso... Escutando a música, imagine aquele peido ninja - o do tipo fedorento, silencioso e mortal que mata mais do que gás escapando - empesteando o ambiente...
           Aí veio Tevin Campbell para me salvar com "Come Back to the World". O cara sabe como abocanhar um microfone... (infame, essa! hehehehehehe...). Charme lindo...
           O início cagado de "That's What Love Can Do" (Boy Krazy) não tira o brilho do resto da música. Aliás, essa foi resgatada de 1991 e estava sendo bem tocada nas rádios em 1997. Não sei o por quê do revival.
           Eu conhecia "Every Time I Close My Eyes" com Kenny G. e os vocais de Babyface. A versão dele com os vocais não-creditados da Mariah Carey junto com o saxofone do Kenny G. eu escutei a primeira vez neste álbum. Independente das críticas foi um sucesso grande nos Estados Unidos e mereceu estar na trilha.
           Quem insiste que "Number One" foi o primeiro grande hit da cantora Alexia, tá enganado. É legalzinha, bonitinha, mas ordinária. Pensem bem: Se fosse esse sucesso todo, não pararia na faixa 13. E sucesso mesmo foi com "Uh La-La-La", que foi tema da novela "Zazá". E para completar a trilha, a Argentina naturalizada brasileira Karina e Double You, que resolveu ficar aqui por conta do seu efêmero sucesso - bastou fixar residência aqui que o mesmo acabou - veio com a balada "In The Name of Love". Boa música.

  • ZAZÁ (1997) - MUY BIEN

           Destaques da trilha: "I Don't Want To" (Toni Braxton) na versão original - não na versão dance que fez sucesso nas rádios -, "The Real Thing" (Lisa Stansfield), voltando às origens da Soul Music, "Uh La-La-La" (Alexia), a interpretação de Manhattan Transfer para "Chanson D'Amour", "Love Won't Wait" (Gary Barlow gravando uma composição de Madonna), a versão remix de 'Loving Every Minute" (Lighthouse Family),a debochada versão da música da Gloria Gaynor, "I Will Survive" (Cake) e o dueto tecnologicamente possível entre pai morto e filha viva com "When I Fall in Love" (Natalie Cole & Nat 'King' Cole).
           Curiosidade: É a primeira vez que se ouve no Brasil a música "Con Te Partirò", famosa na voz de Andrea Bocelli mas aqui interpretados por Jerry Adriani e Mafalda Minozzi, antes do estouro da música em um comercial. 

  • ANJO MAU (1997) - ME TOCOU

           Já era uma época me que a Som Livre andava meio que deixando pra lá na divulgação das suas trilhas. Vendeu bem, apesar de ser uma pena que não foi melhor divulgada. Não era como hoje, que usamos a internet para correr atrás dos lançamentos, haja vista que comercial de trilhas de novelas foi extinto no canal global.
           Amedeo Minghi veio me salvar do asco por cantores italianos e mandou "Cantare È D'Amore" - defnitivamente a Som Livre tem dificuldades com outras línguas -, posteriormente estragado por algum sertanejo da vida. Chris de Burgh volta às paradas com a linda balada "So Beautiful".
           Sublime já era uma banda extinta quando a música "Santeria" estourou aqui. O seu vocalista havia morrido de overdose de heroína no ano anterior mas ao menos já haviam gravado o álbum todo antes disso acontecer. Portanto, é um single póstumo. Neste ano (2015) a banda parece que ressuscitou, fazendo shows aqui no Brasil, inclusive.
           "Bésame Mucho" (Luis Miguel), bolero clássico de Consuelo Velásquez, gravado por Maysa, Beatles e Ray Conniff, ganha essa releitura nada "bolerística" de Luis Miguel. Savage Garden dando uma de Roxette com a balada "Truly Madly Deeply" - os vocais dele não lembram o de Per Gessle, do Roxette?
          Jamiroquai comparece com a versão single de "Virtual Insanity", canção muito premiada e que virou uma espécie de marca registrada da banda. E, mais uma vez, Al Green é regravado, desta vez por Big Mountain, com "Let's Stay Together".
           Babyface se junta a Stevie Wonder e grava a linda balada "How Come, How Long". Lulu Joppert, aproveitando a boa fase para cantores nacionais fazerem dance aqui no Brasil, vem com "Love 4 Two". E outra música que lembra a fase anos 90 do New Order é "What Do You Want from Me?" - aliás, é um projeto de um dos NewOrders, o baixista Peter Hook.
           Apesar do Sérgio Motta ter assinado junto com o Werneck a seleção de repertório, está claro que a seleção foi toda - ou quase toda - do Sérgio, pois o estilo do Werneck é outro, como será demonstrado a seguir.

  • POR AMOR (1997) - SALGUEI A SANTA CEIA

           É a última trilha que marca oficialmente o fim da era Sérgio Motta nas trilhas, passando definitivamente o bastão para André Werneck. Os dois assumem a seleção de repertório do disco.
           Como uma trilha pode reunir tudo que eu odeio em um só disco? Essa reuniu: Gente cantando em italiano, Donato Y Estefano, Pedro Abrunhosa com aquele sotaque insuportável e bem intelegível de uma parte bem obscura de Portugal, bagaça brazuca... enfim, já era um era de transição entre Sérgio Motta e André Werneck. Tem mais Werneck aqui do que Sérgio Motta. tudo o que o Manoel Carlos deve ter aprovado aqui, eu desprezo com força.
           Salvam-se: "So Help Me Girl" (Gary Barlow), "More Than This" (10,000 Maniacs - a versão de sucesso mesmo foi a remix) e os grandes hits do disco: "How Could An Angel Break My Heart" (Toni Braxton & Kenny G.) e "As Long As You Love Me" (Backstreet Boys iniciando a carreira). Aliás, erraram o nome de novo: "As Long As You LOVED Me".
           ...E assim fecha-se o ciclo das fitas cassete de novelas internacionais: Com um amargo fim. A produção das fitas foi mesmo descontinuada após a trilha nacional de "Corpo Dourado".
           P.S.: Estou me torturando agora com o Pedro Abrunhosa... :-(

  • CORPO DOURADO (1997)

           Uma trilha radiofônica, com total seleção de repertório do André Werneck. Destacam-se as faixas: "I Will Come to You' (dos então meninos na época Hanson), "My All" (Mariah Carey), "Torn" (Natalie Imbruglia), a baladona "Angels" (Robbie Williams) e a regravação para "You Sexy Thing" da banda Hot Chocolate (T-Shirt - imitação de Spice Girls detected!).
           Loreena McKennitt, cantora canadense inspirada em música celta, Traz "The Mummer's Dance". Eu sempre achei que essa introdução pedia um remix. Outras lindas do disco são "Whenever I Call You Friend" (Michael Johnson feat. Alison Krauss) e a versão rádio para "You're Still The One" (Shania Twain). Faith Hill vem com a balada country "Take Me As I Am" e She Moves vem com o hit radiofônico "Breaking All The Rules" com o seu teclado dance incisivo.

  • ERA UMA VEZ (1998) - EN PASSANT

           Esta trilha tem o conceito de capa bonita, seleção ordinária. André vai no alternativo - às vezes até demais para o meu gosto. Aqua comparece o hit "My Oh My" - mas não foi tão grande quanto seu antecessor, "Barbie Girl". Outro grande hit foi "The Way" (Fastball), cujo instrumental foi feito com a base country do teclado Yamanha PS-620 - eu sei porque eu tenho esse teclado! - e ficou um ótimo resultado.
           Robyn foi uma estreante com a sua ótima "Show Me Love", All Saints tentando firmar seu nome com "Never Ever", The Corrs comparece belamente com "Dreams" e Marysa Alfaia vem com sua regravação para o clássico de Adamo "F... Comme Femme" sem cortes, ao contrário do que acontece na sua reprise em "Tempos Modernos". Anos depois, posso dizer que gostei desta. Na época, torci o nariz; e The Corrs vem com um grande sucesso de sua carreira: A dançante "Dreams".
           Em compensação, tá cheio de bagaça nesse disco, incluindo uma horrorosa releitura para o clássico "Bittersweet Symphony" da banda The Verve, aqui pessimamente interpretado por uma obscura banda chamada Orion Storm.

  • TORRE BE BABEL (1998) - ME TOCOU

           O álbum vale só por ter "Be Alone No More" (Another Level). E certamente o hit foi "Corazón Partio" (Alejandro Sanz), editada aqui mas sem comprometer o fonograma - ela dura, na verdade, 5:46. A versão single dura 4:45. Outra grande música foi "High" (Lighthouse Family). Mas o disco é cheio de hits, também: "Immortality" (Céline Dion com vocais dos Bee Gees), "All My Life" (K-Ci & Jo-Jo), a linda "You Were There" (Eric Clapton), "Con Te Partirò" (Andrea Bocelli sem Sarah Brightman) e "Lady" (Lionel Richie). Além destes, tem Simply Red, Ricky Martin, Antonello Venditti e Cherry Poppin' Daddies - que nome peculiar e erótico (risos) - com sua divertida "Zoot Suit Riot".

  • MEU BEM QUERER (1998) - MUY BIEN


          A única novela em que podemos ver Murilo Benício loirinho!!! (Comentário desnecessário, eu sei...) E desta vez André Werneck dividiu a seleção com Hélio Costa Manso.
          E começa com Alexia e sua "Keep on Movin'" sampleando KC & The Sunshine Band ("Do You Wanna Go Party" e referências a "That's The Way I Like It com o "aham-aham")) e Odyssey ("Back to My Roots"). Ótima música, mas que não ficou na memória de ninguém...
           Para os românticos de plantão - o que não é o meu caso - The Tony Rich Project ataca de "Silly Man" e Shania Twain vai de "From This Moment On", um grande hit da cantora na época. Quando pensamos que No Mercy morreu em um atentado em Sérvia-Montenegro (liga não: é só um desejo meu...), eis que eles ressurgem do nada com o cover dos Players: "Baby Come Back".
           Modern Talking, altamente famosos no sul do país e donos originais do hit "Just We Two" - é, aquele mesmo que todo mundo achou que fosse da banda Atlantis presente no disco "Hit Power" da Som Livre, em 1988 - aparece com a boa canção "Don't Play with My Heart".
           Billie Myers contribuiu com "You Send me Flying", uma boa música que não foi hit nem lado B, saída diretamente do álbum "Growing, Pains", de 1997.
           Inner Circle só resolveu abrir a boca para estragar Beatles: ODEIO QUEM FAZ ISSO COM BEATLES! PODE SER A MÚSICA MAIS CHATA DO MUNDO FEITO "Ob-La-Di Ob-La-Da" MAS... É BEATLES! Ganhou meu jihad por isso! Humpf!
           Outro que saiu das catacumbas foi Jimmy Cliff cantando a balada açucarada "All for Love". Sweet Tide comparece de novo com a balada country "Please". Please, não sou obrigado a ovuir essa bagaça brazuca.
           Música do Bruce Springsteen e gravada por ele mas com sucesso na voz das The Pointer Sisters, "Fire" comparece aqui regravada por Des'ree e Babyface. Ficou uma ótima versão. Outra que fez um sucesso mediano no Brasil foi a faixa de Shakira, 'No Creo', ainda na fase espanhola.
           ALGUÉM ANIQUILA BOYZONE, PELO AMOR DE DEUS? "No Matter What" é chata toda a vida.
           Temos Trini Lopez atacando com a sua versão espanhola tosca para o clássico de Elton John "Nikita", que virou "Muñequita".
             Enfim, uma música legal: "When The Lights Go Out" (5ive, e não FIVE) é um bom exemplo de boa boy band que surigu no final dos anos 1990.
           Enrique Iglesias ainda traz a treva "Esperanza" da sua fase insuportável de baladas em espanhol.
           D-Soul, outra bagaça brazuca, fecha o disco com "I'll Be There for You". Passável...

  • PECADO CAPITAL (1999) - MUY BIEN

           Embora a trilha fosse divulgada feito o cu a cara da Som Livre, é uma trilha legal. Pena que o remake não deu certo feito a sua original de 1975.
           A trilha começa com Love to Infinity - produtores que remixaram, dentre outros, Aqua e Diana King com suas produções memoráveis - remixando Gloria Estefan, deixando muito melhor a música "Feelin'". Temos Tina Arena regravando Foreigner em "I Want to Know What Love Is" - uma das muitas que vieram para as novelas nas vozes de Wynona e Mariah Carey, por exemplo.
           Laura Pausini "cabritando" em "In Assenza di Te" - desculpem-me, fãs, sempre que puder vou trolar a dona simpática Pausini -, uma balada de muito sucesso. Ace of Base comparece com a gostosa "Whenever You're Near Me", sem o subtítulo "Whenever You're With Me" do álbum "Flowers", lançado pela Arista Records nos Estados Unidos e Japão, e para o resto mundo, após o sucesso do disco, rebatizado de "Cruel Summer". A música também tem uma irmã com outra letra musical, lançada primeiro, como "Life Is A Flower".
           Brandy & Monica se juntaram para gravar o dueto "The Boy Is Mine", uma resposta à canção de Michael Jackson & Paul McCartney "The Girl Is Mine". Com a produção de Dallas Austin e Rodney Jenkins, seu instrumental lembra estilisticamente a música "If I Told You That" (Whitney Houston & George Michael), também produzida por Jenkins, só que no lugar da harpa arpejada eletronicamente, foi feita com o piano também arpejado. e, para a nossa alegria, é a versão do álbum, que é maior.
          Em compensação, o ex-baixista dos Housemartins e DJ Norman Cook, mais conhecido como Fatboy Slim, lançou com sucesso o álbum "You've Come A Long Way, Baby" e arrastou multidões a dançar com sua "The Rockafeller Skank", aqui na versão single. A versão do álbum dura 6:53.
           Os irmãos irlandeses do The Corrs trouxeram a balada "What Can I Do", aqui apresentada na sua versão original. A música originalmente é de 1997, ma foi pras rádios em 1998. E a versão que fez sucesso foi a 'Tin Tin Out Mix', barrando "Dreams", até então o maior sucesso da banda.
           A canadense Tamia, em seu disco de estreia de mesmo nome, em 1998, gravou o clássico do Wham/George Michael "Careless Whisper" pela Qwest/Warner Music, dando um charme feminino à canção.
           O loirinho sueco Bosson compareceu com aquele que seria seu one hit wonder: a dançante "We Live", na época distribuída pela Spotlight Records.
           Ulra Naté, Amber e Jocelyn Enriquez se juntaram para formar o supergrupo Stars on 54 e regravaram em forma de dance music um clássico do Gordon Lightfoot: "If You Could Read My Mind". Além do nome ser uma brincadeira com o do grupo holandês Stars on 45 - aquele da medley disco que mistura Beatles com outros cantores, mais conhecido aqui no Brasil como "Coelhinho Doidão", em resposta ao disco do Jive Bunny & Mastermixes, mais conhecidos como o disco do coelho ou "Melô da Sessão da Tarde" -, a música foi tema central do filme "54", sobre o Studio 54, famoso clube disco de Nova Iorque.
           Debelah Morgan, americana, lança em 1998 o álbum "It's Not Over" e com ele o single "I Love You", cuja música gerou vários remixes com sucesso no mundo dance afora.
           4 The Cause, uma banda composta por quatro parentes de uma mesma família, resolve modernizar - sem sucesso, mas não hediondamente - um clássico do Ben E. King posteriormente aclamado no mundo pela voz de John Lennon: "Stand By Me", que ganhou contornos de pop mais puxado para o hip hop.
           E, claro, bagaças brazucas não poderiam faltar aqui: Kivi Treet e sua "You Belong to Me", Union of Souls e sua "Days Over Days", Roy Driftwood estragando Bob Dylan em "To Make You Feel My Love" e Due Angeli fodendo de verde, amarelo, azul e branco com Jean-Claude Borelly em "Dolannes Melodie", que não tem aquele subtítulo "Flûte de Pan".

  • SUAVE VENENO (1999) - ME TOCOU DEEP IN MY HEART

           Este álbum, na minha opinião, foi uma das melhores trilhas dos anos 1990, com 13 das 14 músicas estouradas nas nossas rádios. E ainda tem na capa do disco o popular personagem Uálber Cañedo (Diogo Vilella), um médium gay. Reparem que o nome dos cantores estão em formato em formato de vaso ou urna...
           Mariah Carey abre o disco com um cover de Diana Ross, "Theme from Mahogany (Do You Know Where You're Going To)", oriundo da versão internacional - incluindo a brasileira - da compilação "#1's". O disco ainda veio a mais para nós com "Without You" e suprimiu a desconhecida no Brasil "I Don't Wanna Cry". No Japão ainda veio com a faixa-bônus "All I Want for Christmas is You".
              Alejandro Sanz colabora, do seu disco "Más", lançado em 1997, A arrebatadora "Y ¿Si Fuera Ella?". Outro sucesso - que infelizmente foi estragado em português por Zezé di Camargo e Luciano - foi a balada poderosa "To Love You More" (Céline Dion), do premiado álbum "Let's Talk About About Love", o mesmo de "My Heart Will Go On", tema do filme "Titanic".
           Cher ressuscita para o estrelato cantando a dance "Believe", adorada e cultuada pelo público gay até hoje. E NSYNC (ou *NSYNC) regravou Christopher Cross em "Sailing" - a original já havia sido tema na novela de 1980 "Coração Alado" - dando a sua cara e com os vocais atraentes, tornando a música renovada e com novo frescor.
           Andrea Bocelli volta com "Canto Della Terra", que foi um grande hit após a arrebatadora "Con Te Partirò".   Seguindo o disco, Alanis Morissette vem com outro hit, a balada "That I Would Be Good".
           New Radicals, o projeto de um único disco de Gregg Alexander - cujo nome é "...Maybe You've Been Brainwashed Too" - contribui com sua "Mick Jaggeriana" "You Get What You Give", um grande hit radiofônico da época.
           A sueca Emilia Rydberg, ou simplesmente Emilia, pôs sua cara no mundo e cantou seu hit "Big Big World", primeiro lugar em alguns países da Europa como Bélgica, Holanda, França, Finlândia, Espanha, Suécia e Suíça.
           "As", originalmente de Stevie Wonder, foi regravado por George Michael e Mary J. Blige e foi o single que levou George de volta à Sony e a carregar o CD duplo "Ladies and Gentlemen... The Best of George Michael", também lançado em DVD sem o clipe de "As".
            Outra que veio com tudo foi Lauryn Hill, ex-Fugees, e seu hit "Doo Wop (That Thing)", aqui na versão do rádio. Ainda temos a graça da Brandy regravando Bryan Adams em "Everything I Do (I Do It For You)" e ainda La Sociedad com a balada "Una Historia de Amor" e Amaury Gutierrez fechando o disco com a latina "Yo Sé Que Es Mentira".


  • ANDANDO NAS NUVENS e ACADEMIA DANCIN' DAYS (1999) - MUY BIEN


           A trilha internacional é legal. Só não gostei de "True Colors" (Phil Collins) ter sido editada em 3:50 sem necessidade, quando tem 4:34 e o disco tem aproximadamente 61 minutos. Ou seja, caberia perfeitamente.
          Boyzone volta regravando Anne Murray e sua "You Needed Me". Ricky Martin volta com sua balada inesquecível "She's All I Ever Had", feita por ninguém menos que Jon Secada e Robby Draco Rosa, seu ex-companheiro de Menudo. Jennifer Paige contribuiu com seu hit "Crush", mais famosa ainda nas pistas dance na versão batidão.
           Bem, veio então o atual evangélico após um acidente de carro e fincar casa no Brasil Christian Calderin, ou o francês Chris Durán com o seu sucesso mundano "Te Perdi". Sarah Brightman regrava Kansas em "Dust in the Wind", TLC vem com o seu sucesso RnB "No Scrubs". Javier - supostamente filho bastardo de Julio Iglesias - vem com a balada pop "Tiembla Mi Piel".
           No Mercy regrava Boston em "More Than A Feeling". Shakira remixa "Inevitable". C-Note sampleia Daryl Hall & John Oates com "I Can't Go For That" em "Wait Till I Get Home", Quincy Jones com El Debarge e Siedah Garrett (não creditados) comparecem com a balada "I'm Yours". a italiana radicada no Brasil Mafalda Minozzi canta a balada "Ci Sarò".
            Vanessa Mann, bagaça brazuca, vem com "I Could Be The One", uma versão mal feita de "Mary's Prayer" (Danny Wilson em 'Fera Radical'). Sweetbox featuring Tina Harris mais a Symphony Orchestra Babelsberg, Germany (Alemanha) vem com a "Everything Is Gonna Be Alright", que contém um sample da "Air on G String" (ou "Ária da Quarta Corda"), de Bach. E, para finalizar, uma regravação feita por Sweet Tide de "Delicious" - só não me perguntem de quem é - mas que sampleia "Boogie Ooogie Oogie" (A Taste of Honey).
           Quanto à trilha complementar "Academia Dancin' Days", há coisas de outras novelas: "Don't Let Me Be Misunderstood" (Santa Esmeralda) veio de "O Astro" (1977), mas a versão pega foi a do disco "Let's Dance 2" (1993), da Som Livre.
           "Carnavalera" (Havana Delírio) mais tarde se repetiria na trilha de "Kubanacan" (2005) e é um bom exeplo de mistura de pop e música latina. Syd Lawrence dá sua interpretação para o clássico de Glenn Miller "In The Mood", Tito Puente te convida a dançar rumba com "El Cayuco" e Ray Conniff interpretando a roubada "Stranger in Paradise" - roubada pois a música é baseada no coro das escravas das "Danças Polovitsianas", da ópera "Príncipe Igor" do famoso compositor Alexander Borodin. Ainda temos Bill Halley & His Comets com "Rock Around the Clock", André Rieu e o seu medley de valsas e o famoso tango argentino "La Cumparsita" na interpretação de Alfredo de Angelis. E só para terminar, do lado nacional ainda tem a versão da novela de "Dancin' Days" de novela homônima (1978) interpretada pelas Frenéticas.

  • TERRA NOSTRA (1999) e TERRA NOSTRA 2 (2000) - ME TOCOU / SALGUEI A SANTA CEIA


           A novela de Benedito Ruy Barbosa fez muito sucesso apesar de uma certa encheção de linguiça no meio dela, ou a famosa "barriga". Conta a saga italiana no iniciozinho no Brasil atrás da fertilidade e da promessa de fazer fortuna com a terra roxa em São Paulo. Temas recorrentes depois em "Esperança" - falando da imigração de uma forma mais ampla no Brasil.
           Então, o que fizeram? Uma trilha internacional em italiano só com artistas brasileiros. Também foi a primeira trilha a trazer a nova logomarca da Som Livre. Ao invés do S azul infinito, são dois CD's passando um por dentro do outro, e o sombreamento forma um "S". Também foi a primeira trilha em CD que se tem notícia que vem com encarte e letras com as músicas da trilha. Em LP, o primeiro a fazer isso foi o disco "O Tempo e o Vento" (1985), trilha e ao mesmo tempo disco de carreira de Antônio Carlos Jobim. A volume 2 veio sem encarte.
           O hit do disco foi, obviamente, o tema de abertura interpretados pela então menina inglesa na época Charlotte Church e o cantor brasileiro Agnaldo Rayol e sua "Tormento D'Amore". Uma curiosidade: "Terra Nostra" gerou no mercado de partituras um livro com todas as músicas do volume 1 e uma avulsa de "Tormento D'Amore" para canto e piano.

          Temos boas interpretações de cantores fora de sua zona de conforto de interpretação: Toquinho cantando "Comme Facette Mammetà" (a música do comercial do McDonald's "McBuonno, Ma che bello!"...). Temos interpretações ótimas de Caetano Veloso ("Luna Rossa"), Emilio Santiago ("La Signora di Trent' Anni Fa"), Mafalda Minozzi ("Come Le Rose"), "Malìa" (Sandy & Junior), Zizi Possi, em grande estilo ("Lacrime Napulitane / Vurria"), Família Lima (regravando a famosa "Funiculì Funiculà"), Jerry Adriani (também mandando ver em "Santa Maria Luntana"), Netinho - apesar do italiano de fundo de quintal ('O Surdato' 'Nnamutaro') e, claro, Marcus Viana, o que deixou a novela mais épica ("Canzone per un Sognatore" e "Speranza, suíte instrumental" junto com a Transfônica Orkestra).
             O volume 2 conta com "Sancta Maria" (Andrea Bocelli), Gilbert regravando Charles Aznavour com "Tous Les Visages d'Amour" (a versão francesa de "She") e Dean Martin ("That's Amore").
           Além do que a trilha incidental, "Speranza" de Marcus Viana, usa e abusa de usar das óperas "Cavalleria Rusticana" (do compositor italiano Pietro Mascagni) e "Tosca" (do compsitor idem Giacomo Puccini).

  • VILA MADALENA (2000) - EN PASSANT

         O disco tem muito poucas boas músicas que merecem ser citadas: "I Got A Girl", mambo pop de Lou Bega, veio no rastro do sucesso de "Mambo no. 5"
         "When You Say Nothing At All", baladão de Ronan Keating (mais tarde reprisado com ele e Deborah Blando em "O Beijo do Vampiro' em 2003) na verdade é uma regravação originalmente feita pelo cantor country Keith Whitley feita em 1988. Depois Alisson Krauss (a de "Corpo Dourado" com a música maravilhosa "Whenever I Call You Friend") a gravou em 1995 e mais Ronan gravou solo em 1999 para o filme "Um Lugar Chamado Notting Hill". Em 2002 ele e Deborah refizeram com a mesma base e está no disco dela, "Destiny".
           Outro sucesso disco foi a dance "Blue (Da Ba Dee)" (Eiffel 65) comparece aqui na versão "Extended Mix" porém editada em 4:56. A original, chamada também de "Extended Mix" possui 4:46, enquanto que a estendida da extended de onde saiu essa versão possui 6:29. Poderiam ter usado a versão rádio, que tem 3:30.
           Outro grande sucesso veio de 1992. Como em 1999 veio a onda de pop árabe - puseram assim todas as músicas que assim vieram com a onda do Oriente Médio - o argelino Khaled contribuiu com "El Arbi", um grande estouro nas rádios, o que levou o seu álbum "Khaled" ser editado pela primeira vez no Brasil sete anos depois.
           Luis Miguel é ótimo com sua balada "Soy Yo". Aliás, ele pode até cantar "Florentina" que transforma aquilo num clássico. Savage Garden completa a trilha com o baladão "I Knew I Loved You".

  • ESPLENDOR (2000) - ME TOCOU
Capa do CD para as lojas.
Capa do CD para distribuição interna para o lançamento da novela.
           Chegamos a "Esplendor", novela das 18 horas da emissora, que antes mesmo de entrar no ar já tinha o CD da trilha como material promocional. Trilha mista baseada no repertório dos anos 1950, não tem um cover e nem uma música ruim. Falando da parte internacional do disco:
           The Letterman traz sua interpretação para "Love Is A Many Splendored Thing" e, sinceramente, para mim, é a melhor gravação do tema. Nat King Cole vem com o seu clássico "Cachito", cantado em espanhol.
           The Platters comparece com outro clássico: "The Great Pretender", também regravado por Freddie Mercury. Ainda temos Connie Francis com a balada rock romântica "Who's Sorry Now?" e sua voz aveludada. Falando em veludo, Pat Boone vem com o seu rock "Bernardine". Outro que comparece é Neil Sedaka e seu slow rock "The Diary" (presentes anteriormente nas trilhas de "Vamp" e "Malhação"). Chuck Berry contribui também com a seu clássico do rock "Johnny B. Goode". É uma trilha gostosa, para se ouvir do início ao fim. A parte nacional não deixou nada a desejar com clássicos do cancioneiro nacional nas vozes de Lúcio Alves, Caetano Veloso, Cauby Peixoto, Dick Farney, Elizeth Cardoso, Celly Campello, Sylvia Telles, Ângela Maria e Dóris Monteiro.

  • UGA UGA (2000) - MUY BIEN

           Uma trilha bacana, no geral. Christina Aguilera cantando Diane Warren em "I Turn to You", Macy Gray mandando o hit "I Try", Brian McKnight sem Ivete Sangalo cantando "Back at One", Melanie Chilsom (ou Melanie C. das Spice Girls) cantando o seu hit "Northern Star", Corrs um tanto atrasadinho com seu "Breathless", a fantástica "Kayomani" (Kundalini Rising) toda vez que Tatuapú (Cláudio Henrich) aparecia na tela... 
           Destaco a brazuca Fernanda cantando uma versão linda de "Loving You", que ficou eternizado na voz de Minnie Riperton, a balada "You Sang to Me" (Marc Anthony) e a imitação do clássico do Ray Charles "Hit The Road Jack" em "Anything You Want" (Bengaloo, bagaça brazuca).
           A trilha levaria um "Me Tocou" se não fosse pela Giselle Haller e sua bagaça insuportável de "Back for Good".

  • LAÇOS DE FAMÍLIA (2000) - ME TOCOU


           As trilhas vieram um tanto quanto mistas: Enquanto na trilha nacional vinha duas internacionais (Não contando as outras nacionais que foram cantadas em inglês), na internacional vieram quatro em português.
           No disco nacional vieram os sucessos "Man (I Feel Like A Woman)" (Shania Twain), amplamente tocada na novela. Ainda ressuscitaram Paul Anka e sua versão para "Comme D'Habitube", ou popularmente conhecida como "My Way".
           Já a trilha internacional propriamente dita, na contracapa não vem o nome dos cantores, só das músicas. Ainda com um enorme poster do Reynaldo Gianecchini, temos a country "Breathe", grande sucesso de Faith Hill. Depois, "Summer Samba", a versão em inglês pra "Samba de Verão" na voz de Bebel Gilberto. Continuando nas versões, "Insensatez" vira "How Insenstive" com Laura Fygi. Belíssima gravação. Ainda no country, Alan Jackson canta "I'll Try".
           Um dos grandes temas do disco foi "Spanish Guitar" (Toni Braxton), que embalou Capitu (personagem de Giovanna Antonelli) e Fred (personagem de Luigi Baricelli). Outro grande tema foi "Love By Grace" (Lara Fabian) - talvez o grande tema da novela - que tocou durante o drama da leucemia de Camila (Carolina Dieckmann) enquanto ela raspava o cabelo e chorava copiosamente.
           O disco ainda contava com "Save Me" (Hanson), "Rome Wasn't Built in a Day" (Morcheeba) e até com uma versão do grupo Terra Molhada para "Girl" dos Beatles. Ah, sim, resgatado de 1988 Rick Astley manda a sua versão de "When I Fall in Love". Ainda de bônus as nacionais "Devolva-Me" (Adriana Calacanhotto), o grande sucesso "Gatas Extraordinárias" (Cássia Eller), "Esperando na Janela" (Cogumelo Plutão) e "Ímã" (Paulinho Moska).
           Quando a novela foi reprisada em 2005 no "Vale A Pena Ver de Novo', lançaram 'O melhor de Laços de Família", contendo as melhores músicas das trilhas nacional e internacional.


  • O CRAVO E A ROSA (2000) - MUY BIEN


            Falando da parte internacional da trilha, a melhor música naminha opinião é a interpretação e Ella Fitzgerald & Countie Basie para "Tea for Two". Ainda temos Guy Lombardo retirado de um 78 rpm com "Coquette" - mais tarde regravado por Paul McCartney no álbum "Run Devil Run" - e as peças ao piano de Claude Bolling para "Mississipi Rag" e "On The Mississipi". Pena que foram poucos temas internacionais, mas tudo bem. O disco como um todo é muito bom.A trilha da novela ainda rendeu um álbum de partituras editada pelos Irmãos Vitale, conforme figura abaixo:

           Bem, gente, acabou a minha análise por hora. Alguma coisa errada? Curiosidades? Sugestões? Opiniões? Deixem aqui no blog. Até a próxima. FUI!